terça-feira

Capa: 4 Edição Revista Vejaki - INformativo do Produtor Rural


A ASSOCIAÇÃO HALITINÃ - Foto-> Arnaldo Coordenador da Saúde Indigena


A ASSOCIAÇÃO HALITINÃ entidade jurídica sem fins lucrativos que hoje representa o povo Paresi, deu-se em razão de contratos que precisavam ser celebrados entre a comunidade indígena Paresi e produtores rurais da região do rio papagaio e de sapezal. Em 1983 e 1984, foi aberta a estrada Nova Fronteira que cortava a terra indígena Utiariti. O primeiro acordo foi feito por um período de 8 anos, e entre a renovação de um acordo e outro passaram- se dois anos. E em 1992 em uma das reuniões das lideranças Paresi na Aldeia Bacaval, foi fundada a Associação Halitinã, para que os acordos firmados entre os Paresi e os Produtores Rurais pudessem ser registrados em cartório e dessa forma ter uma segurança maior. Um dos quisitos para celebração do acordo exigido pelos produtores era a presença de uma personalidade juridíca que representasse o povo paresi. Então dessa forma foi criada a associação Halitinã.
O corpo jurídico da associação é composto por uma diretoria eleita em assembléia geral de acordo com seu estatuto através de voto aberto e por maioria simples dos votos, e é composta por: Um diretor Presidente, Vice-presidente, Primeiro Secretário, Segundo Secretário, Primeiro Tesoreiro, Um Segundo Tesoreiro e um Conselho Fiscal e as eleições ocorrem de quatro quatro anos.
A primeira diretoria da associação HALITINÃ foi eleita em SETEMBRO DE 1992, tendo como primeiro presidente HONORÁRIO O CACIQUE GERAL O SR: JOÃO AREZOMAE, O SECRETÁRIO O SR: DANIEL MATENHO CABIXI, O TESOUREIRO O SR: ACELINO NOIZOKAE.
Entre as atividades que a HALITINÃ administram está a cobrança do direito à passagem na estrada que corta a terra Indigena Utiariti.
Tem também à COORDENAÇÃO DE SAÚDE QUE É RESPOSÁVEL PELAS AÇÕES BÁSICAS DE SAÚDE QUE É OFERECIDA AO POVO PARESI. Essa coordenação é composta por um coordenador geral de projetos, um coordenador administrativo financeiro e uma coordenação técnica que faz o monitoramento das ações pactuadas entre a FUNASA (fundação nacional de saúde) e a ASSOCIAÇÃO HALITINÃ. No mês de março do corrente ano foi eleita à nova diretoria da associação halitinã, tendo como presidente eleito o Sr. Nedino Citra do Nascimento Maizokie.

Recursos.

Os recursos advindos da cobrança da taxa de direito de passagem na terra INDIGENA UTIARITI atende basicamente todas as necessidade da população Paresi, além de complementar os recursos da saúde e custeio dos estudantes Universsitarios Indigenas Paresi. Este recurso também é aplicado nas celebrações culturais, construção de moradias tradicionais e também melhoria na segurança alimentar entre outros.

ASSOCIAÇÃO HALITINÃ TEM NOVO PRESIDENTE


Nedino Citra do Nascimento Maizokie

Seringueira, o Ouro Branco de Mato Grosso

A exploração da seringueira no Brasil está diretamente relacionada com a vida do homem profissional do extrativismo natural. De origem essencialmente Brasileira, a seringueira é hoje uma cultura de alto valor econômico e de relevante importância no apelo da recuperação ambiental sob a ótica da legislação atual. O município de Denise, localizado na região Médio Norte Mato-grossense, aproximadamente 200 quilômetros de Cuiabá e em posição geograficamente estratégica, apresenta área e clima com grande aptidão para cultivo da seringueira. Denise possui o programa de incentivo ao cultivo da seringueira, que foi criado com recursos próprios do município, e tem recebido apoio do Governo do Estado através de convênios com o MT – Regional, por meio de seus programas MT-Prohevea e MT-Floresta e ainda da AMM e SEDER. O início do Projeto Culturas Perenes se deu em 2001 e nestes 09 anos de existência já beneficiou 148 propriedade rurais. Através dele, Denise passou de 250 para 1500 hectares plantados. E, passará de 30 para 450 toneladas de borracha natural produzidas nos próximos 06 anos. O município custeia a produção de mudas no viveiro municipal, a distribuição de mudas, a assistência técnica, preparo de área para plantio, irrigação de áreas e distribuição de calcáreo para os produtores. E graças a este programa, foram introduzidos clones de alta produtividade. Através da Assistência técnica gratuita, o governo municipal garante a sustentabilidade do projeto atualizando informações técnicas modernas aos produtores, ofertando ainda cursos de sangria em parceria com o Senar e Seminários bi-anuais, além da elaboração de projetos para captação de recursos junto ao Banco do Brasil.

A Seringueira não concorre com a mão-de-obra do dia a dia.

É possível explorar economicamente suas entrelinhas com culturas anuais, semi-perenes e perenes por meio do Consórcio com pupunha, banana, milho, abobora, abacaxi e mandioca, bem como pode ser consorciado com Cacau e Café. Conforme dados apresentados pela secretaria de Agricultura do Município, um hectare de seringueira produz cerca de 400 quilos de borracha por mês, equivalente a uma renda mensal R$ 960 reais. O módulo empregado para o município é de 06 hectares por produtor, equivalente a 6 mil plantas, garantindo uma renda mensal de aproximadamente R$ 5 mil por mês, empregando mão-de-obra familiar. Denise tem hoje 1.500 hectares plantadas que atingirão produção máxima em 2016, proporcionando uma renda de mais de 1 milhão e 600 mil de reais por mês, gerando cerca 300 empregos diretos. Um hectare de seringueira seqüestra cerca de 80 toneladas de carbono. Diferente das demais espécies da flora, a seringueira continua o processo de produção de oxigênio, mesmo na idade adulta quando troca de folhas. O cultivo da seringueira, além de alternativa econômica para as pequenas propriedades, se constitui também em importante espécie apta e adequada para o reflorestamento, definido por orientação técnica. É genuinamente brasileira, não exótica e de alta longevidade.

MT Regional - AVALIAÇÃO



Para Cidinho, governo Maggi priorizou políticas para valorização da agricultura familiar



THIAGO ITACARAMBY


Assessoria/SEPE-MT

O ex-secretário de Estado de Projetos Estratégicos, José Aparecido dos Santos, o Cidinho, afirma que a marca de sua gestão no governo Blairo Maggi foram os investimentos em torno da política de valorização da agricultura familiar. Para isso, foram feitas ações e recursos para o setor. Segundo o ex-secretário, os resultados são os avanços das cadeias produtivas, além da produção organizada. De fato, o Programa de Desenvolvimento Regional – MT Regional contribui e muito para a diminuição das desigualdades sociais em Mato Grosso. Isso tudo se deve graças à criação dos 15 Consórcios Intermunicipais que atende todos os 141 municípios mato-grossenses.
Cidinho faz uma avaliação positiva das ações do governo nas áreas econômicas e agrárias, e diz que o sistema foi reestruturado com base no diagnóstico levantado em cada região do Estado pelos superintendentes de cada Consórcio. No entanto, os recursos foram de acordo com o perfil econômico de cada município. “É uma avaliação positiva, se considerarmos que o sistema de agricultura há anos foi literalmente acabado. No governo Maggi começou a reestruturação do sistema na medida em que foram criados os Consórcios com o objetivo de desenvolver a agricultura familiar no Mato Grosso”, assegura.
Outro fator defendido pelo ex-secretário é a descentralização das licenças ambientais. Segundo ele, através dessa iniciativa houve aumento da produtividade com a liberação de recursos e a criação de novos projetos em prol das cadeias produtivas. “A grande sacada do governo é a descentralização dos investimentos, voltados para as regiões mais carentes”, cosidera.
De acordo com Cidinho, podemos destacar a região do Médio Araguaia e Araguaia, com investimentos voltados para o biodiesel. A região Sul do Estado, por exemplo, teve grandes projetos direcionados para a bacia leiteira com a criação do Centro de Melhoramento Genético em Juscimeira. Já a baixada cuiabana obteve grandes resultados direcionados para a produção de peixes. Foram entregues equipamentos e maquinários para abertura de lâminas d’águas aos pequenos produtores. A iniciativa é uma parceria com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Rural (Seder) mediante o Programa Criar N’Água.
Na opinião do ex-secretário, o sucesso dos Consórcios só foi possível graças à união com a sociedade organizada. Para ele, trata-se de uma ação que deverá ser seguida pelos próximos governos devido à eficácia junto os municípios. “A ideia é promover o desenvolvimento regional”, disse ele.
Entre os programas que merecem destaque na opinião de Cidinho são o MT Floresta, o Balde Cheio e o MT Proheveia, destinado à produção de seringueira no Estado. Todos eles com foco no pequeno produtor. As ações de governo recebem parcerias da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Rural (Seder) e Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer).
Para o futuro, Cidinho comenta que é preciso haver mais condições para a produção. Segundo ele, é de suma importância investir em irrigação, na produção de leite, no Turismo. Por outro lado, para que haja recursos disponíveis, o ex-secretário ressalta as parcerias firmadas com instituições financeiras como é o caso do Banco do Brasil e Sicredi. Ambos disponibilizam linhas de crédito para os pequenos produtores e aprovam projetos em prol das cadeias produtivas em ascensão em nosso Estado.
“Temos que trabalhar encima da atração de indústrias para MT. Além disso, investir melhor na assistência técnica voltada ao pequeno produtor. É preciso de mais técnicos assistencialistas nos campos”, aponta Cidinho.
Para finalizar, o ex-secretário de Projetos Estratégicos disse que o futuro da economia, das relações humanas e do progresso da humanidade será decidido nos municípios. “Não vamos mudar a cara de Mato Grosso sem reforçar as políticas nos municípios”.

IV SEMINÁRIO DA HEVEICULTURA


Denise se destaca como referência na heveicultura em Mato Grosso

O município de Denise, situado no Médio Norte Matogrossense apresenta área e clima com grande aptidão para heveicultura (cultivo da seringueira). E graças ao projeto Culturas Perenes que incentiva a produção da seringueira, Denise é hoje destacadamente o município referência na heveicultura em Mato Grosso. Criado com recursos próprios do município no ano de 2001, o projeto tem recebido apoio do Governo do Estado através de convênios com o MT – Regional, por meio de seus programas MT-Prohevea e MT-Floresta e ainda da AMM e SEDER. Nestes 09 anos de existência, o projeto já beneficiou 148 propriedade rurais. Através dele, Denise passou de 250 para 1500 hectares plantados. E, passará de 30 para 450 toneladas de borracha natural produzidas nos próximos 06 anos.
Os aspectos positivos desse projeto, bem como tecnologias de produção e perspectivas de mercado foram apresentados para produtores rurais, técnicos, engenheiros, secretários municipais de Agricultura e Prefeitos Municipais no IV Seminário da Heveicultura promovido em Denise no último dia 26. O evento reuniu mais de 500 pessoas de 27 municípios matogrossenses.
O IV Seminário da Seringa contou com a presença de vários especialistas, destacando as palestras de Augusto Hauber Gameiro, mestre e doutor da USP que abordou o Mercado Nacional e Internacional da Borracha Natural; a apresentação do Programa MT-PROHEVEA, pelo superintendente regional responsável pela cadeia produtiva da Seringueira do Programa MT-Regional, Israel Antunes Marques; o sistema agro-florestal, por Fernando César Oliveira da Silva que é engenheiro agrônomo e gerente da CEPLAC em Mato Grosso; a influência da Seringueira ao Meio Ambiente, pelo engenheiro da EMPAER, Antonio Rocha Vital; sistemas de sangria e os desafios da gestão técnica do seringal, pelo engenheiro florestal da empresa Miclhelin, Milto Luiz da Silva e a palestra sobre Linhas de Crédito (Crédito e a Sustentabilidade) do Banco do Brasil, por Maria Cristina Garcia, Analista de Negócio do Banco do Brasil.
Para Augusto Gameiro, o município de Denise está no caminho certo ao incentivar o pequeno produtor no cultivo da seringueira. “Aqui tem todo um programa para fomentar a heveicultura e a gente admira muito o que acontece em Denise por esse aspecto”, disse ele.
Gameiro destacou que a seringueira é um bom investimento. “Se analisar tendências internacionais, se constata que é um negócio bastante promissor porque se percebe uma demanda bem maior que a oferta e essa demanda vem crescendo muito rápido, principalmente face o crescimento da indústria automobilística mundial. Hoje percebemos uma escassez de borracha no mundo e por isso os preços estão elevados”, disse ele ao abordar as tendências do mercado nacional e internacional da borracha.
O Programa de Implementação da Heveicultura em Mato Grosso, por meio do programa MT-Regional (MT-Prohevea) tem como meta transformar o Estado no segundo produtor de borracha natural do Brasil em um prazo de 15 a 20 anos.
De acordo com o superintendente do MT-Prohevea, Israel Antunes Marques, a meta é promover num prazo de 15 anos, o plantio de 160 mil hectares seringueira junto a pequenos e médios produtores, assentados e tradicionais em todo o Estado de Mato Grosso, de forma a beneficiar 30 mil famílias rurais, num total de 120 mil pessoas. “Para um município com um milhão de árvores em produção equivalente a 2 mil hectares, teremos uma movimentação bruta de R$ 1.200.000,00 (um milhão e duzentos mil) por mês, o que demonstra que a seringueira é uma excelente alternativa de renda para uma cidade”, disse Israel.
Avaliando o IV Seminário da Heveicultura, o prefeito anfitrião, José Roberto Torres lembrou que a prefeitura de Denise, através da sua gestão está apoiando o projeto Culturas Perenes, tendo em vista a preocupação com os pequenos produtores rurais de forma que vivam na propriedade rural com sustentabilidade. “É um projeto que deu certo. Perceemos a alegria daqueles que acreditaram e hoje estão sorrindo de felicidade ao fazerem a primeira colheita da seringueira”, destacou. O Prefeito, falou ainda, que: Denise é uma referência estadual na heveicultura, graças ao apoio que o governo municipal tem dado ao pequeno produtor. “Vários municípios do Estado tem procurado Denise para se inteirarem sobre o nosso projeto. E um Seminário como esse, faz com que, através de técnicos de renome nacional, possamos difundir ainda mais a cultura da seringueira como alternativa econômica, ambiental e socialmente viável”, disse ele.
O IV Seminário da Heveicultura de Denise foi promovido pela prefeitura municipal, em parceria com o Consórcio intermunicipal de Desenvolvimento Social Econômico Ambiental e Turístico da Bacia do Alto do Rio Paraguai, formado pelos seguintes municípios: Arenápolis, Diamantino, Alto Paraguai, Nortelândia, Nova Marilândia, Santo Afonso, Barra do Bugres, Porto Estrela, Tangará da Serra, Nova Olímpia, Campo Novos Parecis, Sapezal, Nova Maringá, São José do Rio Claro e Denise. E teve apoio do Governo do Estado através da SEDER, por meio dos programas MT-Regional/MT-Floresta/MT-Prohevea, AMM, Sema, Banco do Brasil, Ceplac, Empaer, Grupo Polifer, Braslatex, Fazenda Triângulo e Michelin.


AUTORIDADES PRESENTES – Estiveram presentes os prefeitos de o secretário de Assuntos Estratégicos José Aparecido dos Santos (Cidinho), o deputado federal Homero Pereira, o superintendente do MT-Regional, José Benedito Cândido Souza (Dito), o superintendente do MT-Prohevea, Israel Antunes Marques, o presidente do Consórcio e prefeito de Arenápolis, Farid Tenório, os prefeitos Francisco Soares de Medeiros (Nova Olímpia), Silvio Souto (Santo Afonso), Juvenal Alexandre (Nova Marilândia), Wilson Francelino (Barra do Bugres), José Jaconias (Tangará da Serra), Adair José (Alto Paraguai) José Roberto Torres prefeito e Osman Fernandes (vice-prefeito de Denise).
O evento também contou com a presença dos vereadores Elço Flavio (presidente da Câmara), Abiezer Medina, Paulo Evandro, Irmã Creuza, Valdiney Paulino Cícero Gama, José Valter Batista dos Santos, Maria Ângela Faria Irmer, e Sindoval Pereira de Souza.

MUNICÍPIOS PARTICIPANTES – Além de Denise, estiveram presentes vários municípios, naturalmente o maior número de participantes do evento,os quais foram: Acorizal, Alta Floresta, Arenápolis, Alto Paraguai, Barra do Bugres, Brasnorte, Capão Verde (distrito), Confresa, Cuiabá, Diamantino, Feliz Natal, Itiquira, Nova Marilândia, Nova Maringá, Pirassununga – SP (palestrante), Pontes e Lacerda, Porto Alegre do Norte, Porto Esperidião, Rio Branco, Rondonópolis, Santa Cruz do Xingu, Santo Afonso, São Carlos – SP (palestrante), São José do Xingu, São José dos Quatro Marcos, São José do Rio Claro, Sapezal, Tangará da Serra e Vila Rica.



Redação – Nélson Alves

Vara da Infância e Juventude recebe veiculo após indicação de vereador


Lauro Vaccari – Assessoria de Comunicação e Imprensa

Em janeiro de 2009 o vereador Melquezedeque Ferreira Soares, o Zedeca, indicou sob número 114/09, ao deputado estadual Wagner Ramos, a aquisição em comodato de um veículo para a agência da Infância e Juventude do Fórum da Comarca de Tangará da Serra.
Para o vereador Zedeca, “os agentes da Infância e Juventude do Fórum da Comarca de Tangará da Serra/MT, estão sem veículo para realizarem inspeções nos bares, boates, casas de jogos e todo o atendimento de proteção à criança e ao adolescente. Sem um meio de locomoção automotiva fica impossível a realização dos trabalhos, pois estão lotados no Terminal Rodoviário, portanto distante dos principais pontos de inspeção, bem como dos bairros mais afastados do centro da cidade. Diante disto, solicitou a aprovação desta indicação aos Nobres Pares, bem como no seu encaminhamento ao Gabinete do Deputado Estadual Wagner Ramos”, falou na época ao usar a tribuna sobre a indicação.
Sendo aprovada em plenário a indicação foi enviada ao deputado Wagner Ramos que ao recebê-la das mãos do vereador Zedeca começaram juntos a caminhada em busca do veículo junto aos órgãos competentes do Estado.
Após 14 meses a indicação finalmente será concretizada, o veículo deverá ser entregue ainda esta semana.
Para o Juiz Dr. Cláudio Zeni Guimarães, a vinda deste veículo irá contribuir em muito para o melhor trabalho e desenvolvimento nas fiscalizações dentre outras atribuições.
“O Poder Judiciário do Estado de Mato Grosso em especial a Vara da Criança e Juventude do Fórum da Comarca de Tangará da Serra agradece muito a iniciativa do vereador Zedeca que juntamente com o deputado estadual Wagner Ramos conseguiram viabilizar este veículo, haja vista a importância da Vara da Infância e que com melhores condições de trabalho poderão desenvolver fiscalização das atividades da própria Vara, vindo a contribuir para o deslocamento dos agentes da Infância e Juventude aperfeiçoando estes trabalhos. Temos muitos afazeres e diligências por todo o município e este veículo será de grande valia para todos. Na segunda-feira (29) a viatura foi entregue pelo deputado Wagner Ramos as autoridades tangaraenses ressaltando a importância do vereador Zedeca na busca deste veículo para a Vara da Juventude”, disse Dr. Cláudio Zeni.
Usando a palavra o Juiz Dr. Cláudio Zeni Guimarães também agradeceu o empenho do vereador Zedeca na vinda deste veículo.
“Nós agradecemos novamente ao vereador Zedeca e ao deputado Wagner Ramos pela vinda deste veículo, pois à sociedade local irá verificar o quanto será importante no desempenho de nossas ações dentro do município”, enfatizou Dr. Cláudio.
Ao fazer uso da palavra o vereador Zedeca agradeceu o empenho do deputado Wagner Ramos na conquista deste veículo para a Vara da Infância e Juventude.

quarta-feira

Silval trabalha pelo fortalecimento da Agricultura Familiar


Tendo como mote o fortalecimento da agricultura familiar no estado de Mato Grosso, foi inaugurada na manhã de quarta-feira (24.03) a Central de Comercialização da Agricultura Familiar, José Carlos Guimarães, localizada no município de Várzea Grande.



O local, fruto da é iniciativa do Governo do Estado, proporcionará a concentração e distribuição dos mais diversos produtos alimentícios desenvolvidos por meio prática da agricultura familiar. Ao todo, foram investidos R$ 3,6 milhões no estabelecimento.



Na visão da produtora rural Rita Virgília de Jesus, a central de comercialização em Várzea Grande deverá estimular o consumo e a produção de produtos regionais.



“Hoje é um dia de grande festa para nós produtores, pois sabemos que com a inauguração deste espaço teremos mais oportunidades de vender os nossos produtos e sem atravessadores”, destacou a produtora.



Segundo o vice-governador Silval Barbosa, a central representa um marco na agricultura familiar no Estado e os produtores estão preparados para essa nova fase de comercialização de produtos. “Nós queremos dentro de um planejamento muito próximo deixar de importar menos frutas, legumes, verduras. O objetivo do governo é fortalecer cada vez mais a Agricultura Familiar”, afirmou.



A unidade disponibilizará espaços para locação de comercialização dos produtos, 95 boxes para comerciantes atacadistas, salas e salões para serviços para incentivar a produção, além de orientar e disciplinar a distribuição de hortifrutigranjeiros e outros produtos alimentícios de forma a atender à demanda do mercado.



A iniciativa beneficiará cerca de 21.000 famílias dos 14 municípios que compõem o Vale do Rio Cuiabá (Acorizal, Barão de Melgaço, Chapada dos Guimarães, Cuiabá, Campo Verde, Jangada, Nobres, Nossa Senhora do Livramento, Nova Brasilândia, Planalto da Serra, Poconé, Rosário Oeste, Santo Antônio de Leverger e Várzea Grande).

Edna Campos diz é preciso ousar, renovar e inovar e que o momento de Tangará e região se fortalecer politicamente é agora.


Estamos vivendo um grande momento econômico em Tangará da Serra e na região médio norte, através da geração de emprego, renda e promoção social em vários setores da sociedade civil organizada. No entanto, esse crescimento não está sendo acompanhado pelo setor político-administrativo”, frisou a empresária tangaraense Edna Márcia Campos do Nascimento, ao analisar o atual momento sócio-político-econômico de Tangará da Serra e região. Segundo a empresária que possui uma grande bagagem política, pois além de ser dirigente política, já foi vereadora no município, o que falta é uma maior dinamicidade política dos representantes políticos de Tangará da Serra e região.
“Há uma grande diferença político-administrativa quando se comenta em termos de deputados estaduais e federais da região e representantes políticos da região. Entre ser deputado e representante existe um espaço enorme, que somente quem vive o dia-a-dia da política mato-grossense consegue perceber e avaliar. O deputado da região é aquele que vive e transpira o dia-a-dia dos municípios, que está comprometido com as verdadeiras transformações sócias de uma região, que possui laços afetivos com as lideranças dos inúmeros segmentos representativos produtivos e está em constante sintonia.
Com a massa, enquanto o representante político da região não possui nenhum compromisso com a evolução dos municípios e foca o seu trabalho apenas e tão somente no seu projeto individualista de ser” ressaltou Edna Campos. Acrescentou ainda a empresária, que é preciso reverter essa situação, pois a região pode ficar à margem do processo desenvolvimentista do Estado de Mato Grosso. “Enquanto outras regiões estão crescendo assustadoramente em vários sentidos e direções, a nossa região não pode perder esse grande momento, pois corremos sérios risco de ficarmos isolados do processo desenvolvimentista do Estado de Mato Grosso. Durante muito tempo sofremos na pele o fato de não termos representantes na Câmara Federal e na Assembléia Legislativa. Esse fator nos enfraqueceu demasiadamente e não podemos retroceder. Por isso, é preciso ousar, renovar e inovar, pois o momento é agora. Para tanto, precisamos observar atentamente a movimentação política visando as Eleições de outubro, para que possamos, através de uma escolha certa, indicar os deputados estaduais e federais da região, isolando e esquecendo de uma vez por todas aqueles que se dizem representantes da região. Nós não precisamos de representantes e sim, de parlamentares. Nós, enquanto empresária e atuando de forma responsável na área política, sabemos das nossas dificuldades e dos nossos desejos e não podemos nos ater a pensamentos pequenos. Devemos pensar grande, sermos ousados, renovarmos e inovarmos na maneira de agir politicamente. Somente agindo assim seremos fortes”, concluiu Edna Campos.

Direitos e Deveres dos Povos Indígenas


Pedro Kezowe Paresí, Bacharel em Direito pela Faculdade de Direito Unicen/Unic de Tangará da Serra – MT.


Direito dos Povos Indígenas



Direito Indígena é o ramo do direito que se compõe das normas jurídicas que reconhecem a existência e os direitos dos Povos Indígenas. Os direitos constitucionais dos indígenas estão expressos num capitulo especifico da Carta Magna de 1988 (titulo VIII, “Da ordem Social”, Capitulo III, dos Índios “), além de outros dispositivos dispersos ao longo de seu texto, de um artigo de Ato das Disposições Constitucionais Transitórias”, infraconstitucionais, instrumentos e mecanismos internacionais ratificados pelo Brasil também estabelecem os Direitos Indígenas em âmbito internacional, bem como OEA – Organização dos Estados Americanos, Convenção 169 – Organização Internacional de Trabalho e Declaração Universal dos Direitos Indígenas.

Direito a Terra

A Constituição Federal de 1988 estabelece novos marcos para as relações entre o Estado, à sociedade brasileira e os Povos Indígenas, assegurando os novos preceitos constitucionais a respeito à sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições.
A Carta Magna estabelece, sobretudo a posse permanente dos Povos Indígenas sobre as terras, tradicionalmente ocupá-la, utilizá-la para suas atividades produtivas, usufruir as riquezas do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes. Ao reconhecer que os povos indígenas são originário natural da terra em que vivem mesmo antes da formação do próprio Estado.
As Terras Indígenas são inalienáveis e indisponíveis, e o direito sobre elas é imprescritível, segundo dispositivo do § 4º do art. 231.
É vedado remover os povos indígenas de suas terras, salvo mediante casos excepcionais e temporários nos termos do art. 231, § 6º da Constituição Federal de 1988;
Os recursos hídricos, potenciais energéticos, a pesquisa a lavra das riquezas minerais em terras indígenas só pode ser efetivadas mediante a autorização do Congresso Nacional, ouvida as comunidades afetadas e fica assegurada a participação dessas comunidades nos resultados da lavra.
Compete a União através de Órgão Oficial Indigenista demarcar, proteger e fazer respeitar as terras indígenas de qualquer tentativa que venha a prejudicar ou perturbar os povos indígenas.
Compete a FUNDAÇÃO NACIONAL DO INDIO – FUNAI, designar o grupo técnico especializado composto de servidores do quadro funcional do órgão, coordenado por antropólogo, tem por papel de realizar os estudos complementares de natureza etno-história, sociológica, jurídica, cartográfica, ambiental e arqueológica.

Os processos demarcatórios são as seguintes etapas:

Estudos de identificação
“É feito um estudo antropológico por antropólogo de competência reconhecida pela FUNAI a fim de reconhecer a terra indígena por um prazo determinado.“A seguir, um grupo técnico especializado, coordenado por um antropólogo e composto preferencialmente por técnicos da FUNAI, realiza estudos complementares. Este grupo realiza análises sociológicas, jurídicas, cartográficas, ambientais e um levantamento fundiário para definir os limites da terra indígena. O relatório a ser entregue à FUNAI deve conter os dados que constam na Portaria nº 14, de 09/01/96”.
Aprovação da FUNAI:“O relatório é então apresentado para apreciação da FUNAI. Caso haja aprovação pelo presidente da FUNAI, ocorre a publicação do resumo do relatório no Diário Oficial da União e no Diário Oficial da unidade da federação onde se localizam as terras, em um prazo de quinze dias. O resumo também deve ser afixado na prefeitura local”.
Contestações:“Todos os interessados podem contestar o reconhecimento da terra indígena, desde o início do processo até 90 dias da publicação do resumo no Diário Oficial. Para isto, encaminham à FUNAI suas razões e provas pertinentes. As contestações podem querer apontar vícios no relatório ou exigir
indenizações. Após concluído o prazo de contestações, a FUNAI tem 60 dias para elaborar os pareceres sobre as contestações e encaminhá-las ao Ministério da Justiça”.Delimitação da terra indígena:“O ministro da justiça terá 30 dias para encaminhar uma resolução que pode ser”:*“Declarar os limites da área e determinar a sua demarcação física”;*Prescrever diligências a serem cumpridas em mais 90 dias;*Desaprovar a identificação, publicando decisão fundamentada no parágrafo 1º. do artigo 231 da Constituição”.
Demarcação física“Em caso de declaração dos limites da área, cabe à FUNAI a demarcação física. Ao INCRA cabe o reassentamento da população não-índia que possa ocupar o local”.Homologação:“Cabe ao presidente da República a homologação da terra indígena”.Registro:“Após a homologação, o registro das terras deve ser efetuado em 30 dias no cartório de imóveis da comarca onde se localizam as terras e no SPU (Serviço de Patrimônio da União”).
Direita à Educação

A Educação Escolar Indígena tem sido avanço significativo a nível nacional apesar de series de dificuldades e problemas encontrados pelos povos indígenas. A educação tem sido objeto de reivindicação dos próprios povos indígenas, diferente da educação catequética integracionistas que objetivava a homogenização da sociedade brasileira pela aculturação e assimilação imposta pela igreja católica e o governo da época colonial.
O art. 210, § 2º da Constituição Federal de 1988, reconhece a educação como comunitária, intercultural, bilíngüe, especifica e diferenciada, no sentido de valorizar preservar os universos sócio-culturais específicos de cada povo indígena. Para colocar ação em pratica, as aulas ministradas em salas de aulas seriam preferencialmente pelos próprios professores indígenas habilitados que pertencem aquele grupo étnico.
Além de dispositivo constitucional há outros marcos legais infraconstitucionais em seus textos dispõem sobre o acesso de indígenas à educação através de ofertas e programas do Governo. Por isso considero importante registrar alguns dispositivos que estabelecem e institui diversas diretrizes educação escolar indígena de maneira sucessiva e gradativa.
Arts. 32, § 3º; 78, incisos I e II; 79, § 2º, incisos I, II, III e IV; 79, § 1º da Lei nº 9.394/96 – Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional abrangem os processos formativos dos povos indígenas.
Lei nº 10.172/01 – Aprova o Plano Nacional de Educação registrando processo de Educação Indígena;
Decreto nº 26/91 – Dispõe sobre a educação indígena no Brasil;
Portaria interministerial MJ/MEC nº 559/91 – Dispõe sobre a Educação Escolar para as Populações Indígenas;
Resolução CNE/CEB n° 003/99 – Fixa Diretrizes Nacionais Para o Funcionamento das Escolas Indígenas;
Arts. 1º e 9º, incisos III da resolução nº 002/99 – Institui Diretrizes Curriculares Nacionais Para a Formação de Docentes da Educação Infantil e dos anos iniciais do Ensino Fundamental em nível médio na modalidade normal aos Indígenas.
Arts. 2º, § 2º e Art. 3º, § 4º da resolução CNE nº 001/04 – Institui Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnicas-Raciais e para o ensino de Historia e cultura Afro-Brasileiro e África.
Art. 3º, incisos IV, alínea “B”, ponto 2, da Resolução CNE/CEB nº 002/98 – Institui a Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental.
Art. 2º da resolução CNE/CEB 009/02 – Institui Diretrizes Operacionais para a Educação Básico nas Escolas do Campo.
Arts. 1º, 2º e 3º, § 1º; arts. 7º e 10 da Resolução FNDE nº 045/2003 – Estabelece critérios para o repasse de recursos financeiros à conta do PNAE, previsto na medida provisória nº 2.178 – 36/0, para atendimento dos alunos da educação infantil e ensino fundamental matriculados em escolas de educação indígena.

Direito à Saúde

A Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas é um dos temas extremamente complexos e caos. Nenhum modelo de atenção à saúde dos povos indígenas desenhado, tem sido adequado e eficiente 100%, em função de demanda, inclusive por falta de sensibilidade de autoridades competentes constituídos. A política e os modelos criados são louváveis, mas para por ação em pratica é bem diferente do que a política preconiza. Mesmo assim, algumas organizações de terceiros setores conveniadas através de celebração de convênios junto ao órgão competente, executam as ações complementares na atenção à saude dos povos indígenas nas áreas de abrangências, de forma qualitativa.
Art. 19, alíneas “a”, “b”, “c”, “d”, “e” “f”; alínea “g”, §, § e § 1º, 2º e 3º; Art. 19, alínea “h” da Lei n° 8.080/90 - Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde dos povos indígenas.
Decreto Presidencial n° 4.345/02 – Institui a Política Nacional Antidrogas no qual adere os Povos Indígenas em anexo da Política Nacional de Antidrogas.
Portaria Ministerial nº 70/04 – Aprova as Diretrizes da Gestão da Política Nacional de Atenção a Saúde dos Povos Indígenas.
Portaria Ministerial nº 2.405/02 – Considera a importância e responsabilidade nutricional dos Povos Indígenas.
Portaria Institucional nº 479/01 – Estabelece as diretrizes para a elaboração de Projetos de estabelecimento de saúde, de abastecimento de água, melhorias sanitárias e esgotamento sanitário.
Lei nº 8.142/90 – Dispõe sobre a participação da comunidade na Gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) e sobre transferência governamentais de recursos financeiros na área da saúde e da outras providencias necessárias.
Resolução MS/CNS nº 293/99 – Aprova a restruturação da Comissão intersetorial de saúde dos Povos Indígenas.
Resolução MS/CNS nº 333/03 – Resolve a aprovar Diretrizes para criação, reformulação, reestruturação e funcionamento dos Conselhos.
Decreto Presidencial nº 4.878/03 – Dispõe sobre a composição do Conselho Nacional de Saúde.
Decreto nº 3.189/99 – Fixa diretrizes para o exercício da atividade de agente comunitário de Saúde.
Decreto nº 4.727/03 – Aprova o Estatuto e o Quadro Demonstrativo dos Cargos em Comissões e das Funções gratificadas.
Portaria Institucional nº 852/99 – Cria os Distritos Sanitários Especiais Indígenas – DSEIs em vários Estados do Brasil, vinculado ao Departamento de Saúde Indígena – DESAI, em Brasília – DF.

Deveres dos Indígenas

Onde há o Povo, há direitos, deveres, regras e obrigações a serem submetidas para disciplinar às condutas daquele Povo.
Os povos indígenas caçam, pescam, plantam para alimentar as suas famílias a fim de que tenham força, alegria, animo e, sobretudo ter vida saudável.
Cada aldeia constitui o seu cacique e líder que tem o papel importante dentro da comunidade. Com a colaboração de líder, o cacique organiza a sua comunidade para programar suas atividades econômicas, sociais e culturais. Buscam e defendem os direitos e interesses da sua comunidade.
O cacique reivindica junto às autoridades competentes para garantir a demarcação da Terra Indígena com o objetivo de impedir invasão de qualquer estranho que possa incomodar a vida de sua comunidade.
Da mesma forma ele busca junto ao órgão competente, a construção de escola dentro de aldeia para que as crianças sejam alfabetizadas. Também reivindica junto ao órgão competente para construir o posto de saúde na aldeia, para possibilitar a atenção básica na própria comunidade.
Nos últimos 20 anos os professores indígenas atuam em salas de aulas ministrando as aulas de forma paralela, ou seja, aulas são ministradas em bilíngüe em consoante programas curriculares definidos pelas próprias comunidades, mas o calendário escolar é compatível com a do calendário nacional.
Da mesma forma, os recursos humanos indígenas qualificados e capacitados no campo da saúde também atuam junto as suas comunidades, sem medir os esforços.
Importante registrar também o papel fundamental de atores políticos indígenas nas esferas municipais e estaduais no cenário nacional. Uns são prefeitos e vice-prefeitos e outros são vereadores comprometidos com as causas das sociedades indígenas e não indígenas.
Para finalizar, jamais esqueceria de registrar sobre os protagonismos indígenas advogados, bacharéis e estudantes de campo de direito. A formação de indígenas no campo de direito, pós Constituição de 1988 e é o dos fatos marcantes na construção de capacidades de disputa e argumentação no espaço público brasileiro. Estamos crescendo numericamente de forma gradativa, submetemos os exames da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB, como qualquer pessoa graduada em direito.
Os desafios são muitos, árduos são tarefas, somos rodeados de camadas sociais, o mundo não é pequeno, mas nem por isso, nós indígenas devemos cruzar os nossos braços, mas sim, devemos prosseguir para alcançarmos os nossos objetivos predeterminados, sem olhar para trás.

quinta-feira

Dito: Trabalhando com desenvoltura em prol da evolução dos 15 municipios que compõe o Consórcio do Alto Rio Paraguai


Eficiente, dinâmico e com uma visão ampla da realidade dos municípios, o superintendente do Consórcio Intermunicipal da Bacia do Alto Rio Paraguai, o Engenheiro Agrônomo, José Benedito Cândido de Souza (Dito), relata aspectos positivos dos trabalhos em conjunto com os 15 municipios.


Moisés Bispo dos Santos

“Trabalhamos com afinco, imparcialidade, profissionalismo e acima de tudo com os olhos voltados para a evolução das Cadeias Produtivas. O Consórcio Intermunicipal da Bacia do Alto Rio Paraguai é uma célula político-adminitrativa super importante para os municípios que compõe o Consórcio, e temos no governador Blairo Maggi, no vice-governador Silval Barbosa, no secretário-executivo do Consórcio, ex-prefeito de Barra do Bugres por dois mandatos e médico-veterinário, Arnaldo Pereira e nos prefeitos dos 15 municipios, o apoio amplo, geral e irrestrito que nos dá total tranqüilidade para desenvolvermos nossas ações”, frisou o superintendente do MT-Regional do Consórcio Intermunicipal da Bacia do Alto Rio Paraguai,Engenheiro Agrônomo, José Benedito Cândido de Souza (Dito). O presidente do Cónsórcio e prefeito de Arenápolis Farid Tenório Santos, enfatizou a importância do trabalho do MT-Regional na região. “O superintendente Dito é uma pessoa capacitada que tem auxiliado o Consórcio através de um trabalho com muita visibilidade e resultados altamente positivos. Estamos satisfeitos com as ações que estão sendo desencadeadas e temos a certeza absoluta que iremos avançar ainda mais”, ressaltou Farid. Dentre os trabalhos desenvolvidos pela Superintendência do MT-Regional do Consórcio da Bacia do Alto Rio Paraguai, Dito destaca os alguns setores. “Estamos cedendo gratuitamente 140 doses de semem-sexisado-fêmea para gado leiteiro 15 municipios, 01 hectare de lâmina de água (por produtor-com licença ambiental da Sema) para o desenvolvimento da psicultura Calcário, mudas de sementes de hortaliças, além de um trabalho político-administrativo do Governo, através da Secretaria Extraordinária de Projetos Estratégicos, da qual o secretário Cidinho é titular, e tem feito a diferença, demonstrando toda a sua capacidade organizacional, talento político-administrativo e acima de tudo a visão acerca das Cadeias Produtivas. no que tange as Patrulhas Rodoviárias. Trabalhamos em conjunto com as Secretarias Municipais de Agricultura, e aproveitamos a oportunidade para agradecer o empenho dos prefeitos de Alto Paraguai, Arenápolis, Barra do Bugres, Brasnorte, Campo Novo do Parecis, Denise, Diamantino, Nortelândia, Nova Marilândia, Santo Afonso, São José do Rio Claro, Nova Maringá, Porto Estrela, Tangará da Serra e Nova Olimpia.

Avicultores projetam reestruturação de entidade representativa para maio.




Objetivo é buscar fortalecimento da classe e unir demais associações para formação de entidade de nível estadual.

Um grupo de avicultores de Tangará da Serra visitou ontem a cidade de Nova Marilândia para conhecer a dinâmica do setor avícola daquele município. O principal objetivo da visita foi buscar informações para a reestruturação da Associação dos Avicultores de Tangará da Serra, entidade fundada em 1994 e que está sendo reativada.
Os avicultores de Tangará da Serra foram liderados pelo presidente da associação local, João Zanata. Também integraram o grupo os avicultores Antônio Verciano Neto, Clóvis Straliotto, Elias Pereira Filho, Francisco Smerecke, José Delcaro, Lidiomar Francisco da Silva, Luís Salvador Jardim, e Romer Yamashita.
Na cidade vizinha, o grupo de tangaraenses se reuniu com o prefeito Juvenal Alexandre da Silva (PR) e com o presidente da Avimar – Associação dos Avicultores de Nova Marilândia, Paulo César Barbosa. Além de informações sobre a estruturação da entidade representativa, os produtores compararam os resultados da atividade entre os dois municípios e debateram questões relacionadas a encargos tributários, consumo de energia, alojamento e comercialização de frangos, intervalo entre o embarque dos frangos para abate e o alojamento seguinte, relacionamento dos criadores com frigoríficos parceiros e outras questões específicas do setor.
Segundo o presidente da Associação dos Avicultores de Tangará da Serra, João Zanata, após a reestruturação da entidade, o próximo movimento da classe será mobilizar as demais associações de avicultores existentes no estado para a constituição de uma federação, que defenderá os interesses dos produtores em nível estadual. “Precisamos fortalecer as associações e buscar uma união em torno de uma federação”, disse Zanata, durante o encontro.
Os avicultores também almejam a instituição de um fundo para amparar os criadores de frango, tendo preços mínimos como parâmetro. A previsão de funcionamento da associação local com a devida reestruturação – incluindo alterações no estatuto – é o mês de maio.
Em Tangará da Serra há 140 avicultores que juntos somam 240 aviários e atendem a demanda do frigorífico local – Anhambi Agroindustrial -, cuja capacidade de abate é de aproximadamente 100 mil frangos/dia.
BRASIL FOODS - Em Nova Marilândia, os avicultores visitaram o frigorífico União Avícola Agroindustrial, que entrou em operação mês passado. O complexo representou investimentos de R$ 52 milhões e possui 13,5 mil metros quadrados de área construída.
Segundo informações da direção da empresa, o frigorífico tem capacidade para abater 140 mil frangos/dia, com produção exclusiva de cortes e frangos inteiros exclusivamente para a Perdigão - gigante do segmento no país - com a marca “Brasil Foods”. O mercado atendido atualmente é o interno, em todas as regiões do país, mas a empresa tem como meta atender o mercado externo, em especial o mercado europeu.
Com potencial de geração de 1.000 empregos diretos, o estabelecimento operará com sua capacidade máxima a partir do primeiro trimestre do ano que vem e está projetado para ampliar o abate para 250 mil aves/dia, podendo também industrializar a carne de frango.

Lucélia Andrade – repórter e editora do Jornal Diário da Serra


A jovem Lucélia Andrade é um exemplo de determinação e garra. Com apenas 24 anos, responde como editora- chefe do maior jornal da região de Tangará da Serra – Diário da Serra. A sua trajetória no meio da comunicação escrita, começou há cinco anos, quando através de um e-mail foi chamada pelo diretor do jornal Mano Reski para escrever a página esportiva. “A princípio tive medo de não conseguir, porque não dominava nenhuma modalidade esportiva, mal sabia o que era uma bola”, brinca Lucélia salientando que para conseguir alcançar seus objetivos, contou com um grande apoio da equipe do Diário da Serra e com a paciência e colaboração de seus entrevistados. Depois de pouco mais de um ano, nos bastidores esportivos, Lucélia começou a publicar matérias abordando outros assuntos e se apaixonou. “Comecei a escrever matérias sobre saúde, educação, polícia, e foi aí que comecei a tomar gosto pelo jornalismo”, fala. Para a jovem, a oportunidade que o Diário da Serra ofereceu para fazer parte da equipe, abriu uma porta de conhecimentos e amizades. “Costumo dizer que nenhum dia é como o outro aqui no jornal. É sempre corrido, cansativo, mas compensatório e cheio de surpresas”, diz.
A sua força de vontade, e sua dedicação não poderiam resultar em outra coisa: Lucélia, foi chamada para assumir a editoria do jornal, e segundo ela, foi o melhor acontecimento de sua vida. Além do jornalismo escrito, ela apresenta diariamente na Rádio Serra FM, boletins informativos onde são divulgadas as notícias do jornal Diário da Serra. “Hoje vejo que sou capaz graças as oportunidades que me ofereceram, sou muito grata. E pretendo continuar no meio de comunicação por muito tempo ainda”, comenta.
Como se tudo isso não bastasse, a jovem ganhou um grande presente: Vai ser mamãe. Lucélia está entrando no sétimo mês de gestação, e aguarda ansiosa a chegada de Vinícius.

INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL EM BOVINOS


Rodrigo Marques dos Santos, Médico Veterinário, formado pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), possui Mestrado em Ciências Veterinárias, na área de Reprodução

“Uma técnica viável para o melhoramento genético dos rebanhos bovinos”
Entende-se por Inseminação Artificial (IA) a deposição mecânica do sêmen no aparelho reprodutivo da fêmea. Sendo o homem quem deposita o sêmen no aparelho reprodutivo da fêmea e a fecundação, ou seja, a união do espermatozóide com o óvulo e a formação de um novo ser ocorrem naturalmente, sem a interferência do homem.Segundo a lenda, a inseminação artificial foi utilizada pela primeira vez no ano de 1332, em eqüinos, pelos árabes. Mas a história registra como marco inicial da inseminação artificial, o ano de 1779, quando o monge italiano de nome Lázaro Spallanzani demonstrou, pela primeira vez, ser possível a fecundação de uma fêmea sem o contato com o macho. Para tanto, ele colheu sêmen de um cachorro através da excitação mecânica e aplicou em uma cadela no cio, a qual veio a parir três filhotes 62 dias mais tarde. Era o nascimento de uma técnica que iria revolucionar o campo da reprodução animal. Atualmente, muitos países inseminam quase a totalidade de seus rebanhos bovinos, calculando-se que no mundo mais de 80 milhões de vacas são anualmente inseminadas. No Brasil o uso ainda é limitado, sendo que menos da metade do rebanho de fêmeas bovinas são inseminadas, não sendo diferente no Estado de Mato Grosso. No Município de Tangará da Serra a utilização da IA também é pequena, porém existem alguns produtores que já utilizam à inseminação artificial, sendo a maioria produtores de gado de corte, porém com advento do sêmen sexado, onde o produtor pode escolher comprar o sêmen sexado para macho ou fêmea, os produtores de leite já começaram a buscar esta tecnologia para a produção de bezerras leiteiras e desta forma melhorar rapidamente a genética dos rebanhos leiteiros. A Inseminação Artificial (IA) tem como principais vantagens: o rápido melhoramento genético do rebanho, isto devido ao uso de sêmen de touros comprovadamente superiores para a produção de leite e carne; Controle de doenças, pois pela monta natural, freqüentemente o touro pode transmitir às vacas algumas doenças e vice-versa, o que pelo processo da inseminação artificial não ocorre quando o sêmen é adquirido de empresas idôneas; Permite o uso de cruzamento entre raças com maior facilidade, como por exemplo, permite ao criador cruzar suas fêmeas zebuínas com touros taurinos e vice-versa, o que muitas vezes é dificultado na monta natural pela baixa resistência dos touros europeus a um ambiente desfavorável; Prevenção de acidentes com a vaca durante a monta quando o touro é muito pesado, também através do uso da IA pode-se escolher sêmen de touros que produzem bezerros pequenos que previnem a ocorrência de problemas no parto em novilhas; Prevenção de acidentes com funcionários, muitas vezes ocorrem acidentes devido a touros de temperamento agressivo; Melhora o controle zootécnico do rebanho, através da IA e utilização de fichas de controle é possível à obtenção de dados precisos de fecundação e parto, facilitando a seleção dos melhores animais do rebanho; Permite a padronização do rebanho, utilizando-se poucos reprodutores em um grande número de vacas obtém-se homogeneidade dos lotes; Além destas vantagens observa-se também que em propriedades que utilizam a IA os custos com manutenção de cercas e currais diminuem devido ao menor número de reprodutores que são utilizados na propriedade. A limitação do uso da inseminação artificial deve-se principalmente a falta de conhecimento do produtor sobre a técnica, falta de mão de obra especializada e a incorreção no uso da técnica. Para o sucesso da utilização da IA os produtores devem se capacitar através de cursos ou contratar mão de obra especializada e seguir corretamente os passos da IA, principalmente a correta observação de cio das vacas, devendo tomar todos os cuidados com a conservação do sêmen e a sua correta aplicação no momento da inseminação artificial. Os materiais que são utilizados para a realização da IA são: Botijão de Nitrogênio líquido para armazenamento do sêmen, Aplicador de sêmen, Bainhas descartáveis, Luvas descartáveis, Termômetro para descongelamento do sêmen, cortador de palheta, além de pinça, garrafa térmica, papel toalha descartável e recipiente para descongelamento do sêmen. Também deve existir uma estrutura mínima na propriedade, sendo fundamental um brete para a contenção da vaca para realizar a IA.Como podemos observar a utilização da inseminação artificial é uma técnica que apresenta muitas vantagens, porém antes do produtor tomar a decisão da utilização da IA em seu rebanho deve sempre procurar orientação técnica de um profissional habilitado que irá orientá-lo para que obtenha sucesso e principalmente evitar prejuízos pelo uso incorreto da técnica.

Saúde... ”Direito de todos dever do Estado”...


Quando se criou os DSEIs (Distrito |Sanitário Especial Indígena) foi pensando em melhorar a Saúde de um Povo já muito excluído, e incluir no Sistema Único de Saúde (SUS), mas como fazer esse trabalho numa população tão diversificada em seus saberes, cultura, mitos e tradições? A própria população indígena deu a resposta, formar em nossos meio profissionais para dar o suporte, mas enquanto não acontecesse essa formação contrataria profissionais não indígenas com perfil para poder atuar em varias regiões e etnias do Brasil. Então deu ínicio os trabalhos em 1999 e num período de 4 anos viu-se tudo, descasos, desvios de verbas, exclusão,discriminação,precariedade no atendimento básico,alta rotatividade de profissionais, óbitos por causas evitáveis etc..., e a saúde que era para ser promovida e preventiva tornou-se curativa. Isso tudo num contexto nacional E preocupado com a saúde do seu Povo, numa reunião do CONDISI (Conselho Distrital de Saúde Indígena) dois jovens Paresí lançaram a proposta de gerenciar a Saúde de seu Povo, idéia essa vinda de várias reuniões nas comunidades e com outras instituições. No inicio foi muito criticado, mas confiaram e continuaram. Como já existia em sua organização sócio-politica uma Associação a Halitinã eles assumiram em 2003, e nesse período formaram no projeto Xamã Auxiliares de Enfermagem Indígenas e pelo Dsei/Cuiabá AIS (Agentes Indígenas de Saúde) e AISAN (Agentes Indígenas de Saneamento).
A EMSI (Equipe Multidisciplinar de Saúde Indígena) estava pronta para realizar os trabalhos em área. Depois de quase 10 anos no atendimento á saúde de seu povo Haliti-Paresi a Associação Halitinã vem montando estratégias para que todos os planos do governo federal sejam incluídos em seu contexto. Mas respeitando as particularidades e as diversidades do Povo. As ações acontecem num período de 20 dias. As EMSI são formadas pelos seguintes profissionais: 01 Médico, 02 Odontólogos, 03 Enfermeiras, 08 Técnicos (sendo 02 Indígenas) 07 Auxiliares de Enfermagem Indígenas, 02 ACD (Auxiliar de Consultório Dental) 25 Agentes Indígenas de Saúde, (27 Agentes Indígenas de Saneamento), distribuídos em três Pólos Base sendo que, há atualmente 52 aldeias numa área de difícil acesso em algumas aldeias). As ações básicas de saúde desenvolvidas pela EMSI estão dentro dos programas de saúde preconizadas pelo Ministério de Saúde do Governo Federal entre elas:Programa de Atenção a Saúde da Mulher: ações desenvolvidas são:Pré natal, coleta de preventivo uma vez ao ano ou mais conforme a demanda,enfocando sempre através de palestras e orientações domiciliares importância das ações na prevenção das doenças. O programa SISVAN (Sistema Vigilância Alimentar Nutricional), realiza o acompanhamento e monitoramento nutricional nas crianças de 0 a 05 anos mensalmente, e também monitoramento nutricional das gestantes em pré-natal, e anualmente é realizada a vigilância nutricional da população idosa, O programa de atenção as Doenças crônicas degenerativas se dá através do HIPERDIA (Hipertensão e Diabetes) cuidados e acompanhamento das pessoas com Hipertensão e diabetes dados esses coletados em busca ativas numa população acima de 25 anos anualmente, bem como através da glicemia capilar realizamos a busca ativa de Diabetes na faixa etária descrita acima. As ações de Saúde Bucal estão basicamente voltadas a realizar: escovação supervisionada, distribuição de material de higiene bucal, exodontia, restauração (amalgama e resina), endodontia, e educação para saúde bucal.
Além disso, a Tuberculose por ser área endêmica a EMSI realiza mensalmente a busca ativa dos sintomáticos respiratórios, nos casos em que confirme o a suspeita a notificação e o tratamento e realizado pelos municípios e, em DST/AIDS é

realizado trabalhos de prevenção, orientação, distribuição de preservativo, sendo em casos de suspeitas o tratamento e realizado após notificação. A Imunização da população é realizada a cada três meses e são oferecidas todas as vacinas preconizadas pelo calendário indígena, esta ação é realizada em conjunto com várias entidades como o Secretaria Estadual de Saúde e Funasa/Dsei Cuiabá, que disponibiliza as doses a serem aplicadas, através de relatórios mensais, e todas as doses aplicadas são enviadas aos municípios que fazem parte da área indígena. A organização é realizada no escritório da Halitinã pela Técnica de Enfermagem Lucimeire Carvalho, que vai para a área indígena Paresi acompanhada pelas Equipes Multidisciplinares dos 3 Pólos Base, entre elas temos a vacina Influenza que é feita em toda população a partir de seis meses de idade, agora em março será oferecida a vacina de H1N1 a toda população, temos também a disposição da população indígena as vacinas contra varicela e pneumococo 23, que a população não indígena não tem disponibilizado na rede pública. De seis em seis meses é realizado uma cobertura geral de vacina que tem sido satisfatória nos últimos anos. Com os dados obtidos tem se notado que diminuiu em grande escala os casos de doenças e agravos imunopreviniveis.
A Saúde Mental implantada há um ano tem elevado o nome da Associação Halitinã a várias esferas do governo por ter alçando em pouco tempo dados fidedignos sobre o uso e abuso de bebidas alcoólicas na área indígena Haliti-Paresi. Depois de realizadas as oficinas, palestras e confecções de cartilha organizaram-se no de novembro na aldeia Bacaval uma capacitação para multiplicadores no qual teve participação de várias pessoas em recuperação do uso abusivo de bebidas alcoólicas, fato este que deixou o Povo Haliti-Paresi com mais confiança nos trabalhos e no mês de dezembro a responsável pela as ações Andrea Maria Luciana e Leonel Nezomae, foram juntamente com Daniele Spanhol coordenadora da Saúde Mental do Dsei/Cuiabá e Cícero representante do Povo Bororo a um evento na cidade de São Paulo como convidados para falar do sucesso da Saúde Mental na comunidade Haliti-Paresi. Nesse ínterim foi falado que graças ao trabalho realizado ficamos em primeiro lugar junto com a Cidade de Campo Grande MS em Promoção e Prevenção na Saúde Mental. Hoje contamos com 20 multiplicadores juntamente com as EMSI para dar a continuidade ao trabalho. E já com grandes expectativas de um filme de curta metragem tendo como elenco a comunidade Haliti-Paresi. O roteiro abordado no curto será sobre esse problema tão grave que vem abalando a estrutura das comunidades indígenas. Mostrará a sua bebida original o oliniti e quando foi inserido o álcool nas comunidades, servirá de instrumento fundamental para a conscientização na educação e prevenção e diminuição dos danos às futuras gerações. Já que não se tem até o momento nenhum material nesse sentido para a população indígena Muito em breve já estará em fase de produção.
E é assim de uma maneira clara, objetiva e organizada é feita a Saúde do Povo Paresi pela Associação Halitinã.

Crédito de carbono: Efetivo na redução de poluentes e fonte de renda para comunidade indígena






Diego Soares – Redação Vejaki

Mais uma vez a coordenação de saúde da Associação Halitinã sai na frente buscando outros projetos como o de crédito de carbono. Onde parceiros não estabelecidos em outros estados e até com o governo japonês e agora a Funai, Secretaria de Meio Ambiente do Estado e governo do Estado, surgem como alternativas viáveis para o desenvolvimento de parceria que beneficia a todos e fundamentalmente a comunidade indígena. De acordo com Arnaldo Zunizakae, coordenador geral de projetos da Associação Indígena Halitinã, o projeto Crédito de Carbono ajuda na redução dos efeitos poluentes causados por indústrias, carros, entre outros, que são os chamados gases poluentes causadores do aquecimento global. Segundo ele atualmente o planeta na situação em que está a tendência é buscar reduzir essas emissões e os indígenas como donos de uma grande área verde têm a preocupação já há dois anos de ajudar o planeta e agregar recursos para a comunidade indígena. “A Associação saiu na frente, teve a idéia de que isso era possível e fomos buscar informações sobre a venda de crédito de carbono e começamos a montar a idéia que era construir o projeto, o que está acontecendo hoje. Fomos buscar parceiros, pessoas que entendem sobre isso, claro que como voluntários por não termos recursos específicos para isso”, disse. Foi então que surgiu uma empresa de Minas Gerias que trabalha com o crédito de carbono. “Então trouxemos técnicos para cá, visitamos áreas, apresentamos a comunidade para eles, levamos a idéia para a comunidade indígena que é a parte principal do projeto”, destacou. Zunizakae explica que para o desenvolvimento do projeto é necessário serrado intenso e parte de floresta onde quantidade de biomassa é maior e foi essa comunidade que há dois anos autorizou por escrito para se desenvolver o projeto. “Montamos a idéia e fomos atrás de financiadores para o projeto. É um projeto onde buscamos diversos tipos de tecnologia para buscar quantitativo de biomassa, qualidade do ar que a área produz e isso tem um custo com financiamento alto. E a empresa que hoje nos representa passou a apresentar a idéia da Halitinã em diversos países”. Com isso o governo japonês decidiu financiar o projeto e investiu 30 mil dólares que é uma pequena parte do que se precisa para financiar o projeto. Dois representantes do governo japonês estiveram em Tangará, visitaram a comunidade, grande parte da comunidade pareci e o prefeito municipal Júlio César Ladeia. “A idéia e estender o projeto para todo o território indígena. Depois de montar a parte de viabilidade do projeto vamos ter de buscar outro recurso para medir o quantitativo da biomassa e a qualidade do ar. Hoje estamos na busca de parceiros para apoiar o projeto. Buscamos prefeitos, secretários de meio ambiente do estado e dos municípios, a Funai que já é nossa parceira”, revelou. A intenção segundo Zunizakae é elaborar uma carta das instituições estadual, municipal e federal dizendo que o projeto da Halitinã é importante e que todos são parceiros. “Essa carta é que vai fazer com que tenhamos a chance de poder buscar financiamento para concluir o projeto para manutenção da floresta em pé, recuperação das áreas degradadas e reduzir a questão da queimada dentro das terras indígenas”, salienta.

Secretário Municipal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento: Weliton Ungaro Duarte.






“Secretaria Municipal vêm buscando novas alternativas para aumento da produção e melhoria da qualidade de vida do homem do campo”

A Secretaria Municipal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SEAPA) têm como objetivo o desenvolvimento das atividades agrícolas e pecuárias no Município, com aumento da produtividade, geração de renda e melhoria da qualidade de vida do produtor rural de Tangará da Serra. Segundo o Secretário da pasta, Weliton Ungaro Duarte, a SEAPA tem como principais ações o desenvolvimento da bacia leiteira do Município, através da implantação do Projeto Mais Leite, ações na área Olericultura através dos projetos Mandala e PAIS (Produção Agroecológico Integrada e Sustentável) que estão sendo implantados na Unidade Experimental junto a Escola Agrícola Municipal Ulisses Guimarães. Também são incentivadas a Fruticultura, a Avicultura e a Piscicultura, além de ações de conservação do solo e de reflorestamento através da distribuição de mudas nativas aos munícipes. O Secretário também ressalta que a pasta tem buscado aumentar as alternativas de renda do pequeno produtor familiar através do Programa de Aquisição Direta de Alimentos pela CONAB, aquisição de produtos para merenda escolar através da lei federal que estabelece a cota de 30% que devem adquiridos diretamente do produtor e a promoção de Feira da Reforma Agrária que é realizada nos bairros da cidade, possibilitando que o produtor comercialize sua produção diretamente ao consumidor o que aumenta significativamente a sua renda. A SEAPA também disponibiliza aos produtores rurais patrulhas mecanizadas que auxiliam na preparação das áreas de cultivo, além de oferecer orientações técnicas através de sua equipe de profissionais e promoção de cursos de capacitação rural através de parceria com o Sindicato Rural e o SENAR-MT. Todas estas ações visam o aumento da produção de alimentos, geração de renda ao produtor rural e principalmente colaborar com o desenvolvimento econômico do Município de Tangará da Serra.

SAÚDE MENTAL INDÍGENA






PARESI / HALITI / DSEI/ CUIABÁ / FUNASA



No primeiro semestre deste ano foi implantado nas Áreas Indígenas do Dsei / Cuiabá, o Plano de Saúde Mental, esse Plano veio de encontro às necessidades de montar estratégias para diminuir o uso abusivo de bebidas alcoólicas na área indígena.
A etnia Paresi tem em seus rituais a chicha, bebida extraída da fermentação de mandioca, milho e abacaxi, mas não traz afeito moral, social ou psicológico adverso ou na saúde. A bebida extraída da cana, a cachaça, foi introduzida na época dos grandes contatos como na colheita da poaia, seringa e outras. O povo Paresi não tem história que deixou ser seduzido 100% pela cachaça como outras etnias, que foram dizimadas e hoje sofre sérias conseqüências desse uso abusivo.
Seguindo as diretrizes da Política de Saúde Indígena: que é organizar, assegurar, criar o subsistema, as ações de atenção básica e mecanismos no âmbito do SUS, respeitando os aspectos etnoculturais, o Plano foi elaborado de acordo com a realidade e as distintas peculiaridades das aldeias do Povo Paresi e outras etnias do Dsei / Cuiabá. A Associação Halitinã e o Dsei / Cuiabá iniciaram os trabalhos com os seguintes objetivos:
- Implantar o Plano de Saúde Mental;
- Identificar os prováveis usuários;
- Fazer Busca Ativa para levantamento dos dados epidemiológicos;
- Oferecer tratamento e acompanhamento (dentro das aldeias);
- Capacitar multiplicadores;
- Inserir a família e a comunidade nas ações.

Tudo através de oficinas, palestras, grupos de apoio e visitas domiciliares.
O Povo Paresi tem uma população de 1.722 pessoas distribuídas em 52 aldeias que pertence a 05 municípios distintos. Algumas destas aldeias ficam bem próximas a municípios que estão em fase de grande crescimento como: Sapezal e Campo Novo dos Parecis ficaram então mais fáceis o contato com o álcool e outras drogas, foram abertas e construídas novas estradas o que facilita as idas e vindas. “O ser humano tem o direito de ir e vir”, mas também tem que ser orientado. Nessa visão foram montadas as estratégias junto com as comunidades indígenas uma maneira de se trabalhar promoção e prevenção do uso abusivo de bebidas alcoólicas. E tem sim sensibilizado a comunidade e com isso diminuiu o uso da bebida. Existem pessoas em tratamento e os mesmos são os multiplicadores.
Hoje já se consegue perceber a preocupação dos mais novos em não abusar de bebidas ou mesmo não começar com o primeiro gole.


Andrea Maria Luciana: Acadêmica de Enfermagem pela Unemat
Colaboradora e responsável pelas ações da Saúde Mental do Povo Paresi
Associação Halitinã / Dsei / Cuiabá / FUNASA

O olhar do Governo sobre os pequenos produtores rurais






Nunca na história político-administrativa de Mato Grosso, o Governo Estadual investiu tanto no pequeno produtor rural. As políticas públicas do Consórcio Intermunicipal da Bacia do Alto Rio Paraguai, voltada para a Agricultura Familiar, é um exemplo para todos os que acreditam na força do trabalho e na sabedoria do homem do campo.

Moisés Bispo dos Santos

“O Governo de Mato Grosso está comprometido com a Agricultura Familiar e os pequenos produtores são nossos parceiros de um novo tempo, onde as políticas públicas do governador Blairo Maggi, voltadas para o setor, é de qualidade e de muita responsabilidade. Por isso, para nós é sempre um grande prazer visitar cada assentamento, cada agrovila, cada pedacinho de chão deste Mato Grosso, para que possamos conhecer a realidade em toda a sua totalidade”, frisou o superintende do Consórcio Intermunicipal da Bacia do Alto Rio Paraguai, engeg. agrônomo José Benedito Cândido de Souza (Dito), ao discorrer sobre a atuação do MT Regional, nas inúmeras propriedades rurais espalhadas pela região. Ciente de que o a Agricultura Familiar é o ponto de referência para a auto sustentabilidade de milhares de pequenos produtores, e que os mesmos necessitam do apoio incondicional do Governo. “O pequeno produtor que está inserido na Agricultura Familiar, necessita de apoio técnico, estradas, sementes, maquinário, da preparação do solo, de linhas de crédito, enfim, a nossa missão é ser um instrumento de auxilio, facilitando e articulando e contribuindo de todas as formas para que a Agricultura cresça e apareça interligando o fator econômico, social e ambiental de forma que o homem possa se fixar no campo, evitando o êxodo rural, proporcionando qualidade de vida, dignidade, renda e promoção social”, enfatizou Dito.

Cidinho: um operário do Governo a serviço do Mato Grosso


Dinâmico, articulado, carismático, habilidoso e profundo conhecedor da realidade mato-grossense em todos os níveis, o Secretário Extraordinário de Assuntos Estratégicos, dá uma demonstração inequívoca que é possível transformar o Estado de Mato Grosso através de políticas públicas sérias e de interesse social.

Moises Bispo dos Santos


José Aparecido dos Santos (Cidinho), 40 anos, é casado, e pai de duas filhas. Natural de Janiópolis, Estado do Paraná, se radicou em Mato Grosso, na cidade de Nova Marilândia, há 31 anos, onde foi prefeito na gestão 1993-1996, e posteriormente reeleito por dois mandatos consecutivos (2000-2004 e 2005-2008). Assumiu a presidência da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), há três anos, e também foi reconduzido ao cargo, ficando à frente da entidade até janeiro deste ano. Homem de confiança do governador Blairo Maggi, Cidinho enfatiza que o serviço público é um sacerdócio e que sente-se realizado em servir o Estado de Mato Grosso.“A política-administrativa é árdua, exige sacrifícios, renúncias, mas é gratificante quando observamos que tudo o que fazemos em prol da população atinge os objetivos necessários. Aprendi desde cedo, que a seriedade no trabalho é que dignifica o ser humano e faz com que sejamos respeitados. A nossa missão enquanto servidor do Governo de Mato Grosso, é trabalhar no limite, com qualidade e responsabilidade, para que possamos devolver a confiança que o governador Blairo Maggi depositou em nossa pessoa e principalmente dar uma satisfação aos mato-grossenses que acreditam na força do trabalho”, frisou o Secretário Extraordinário de Projetos Estratégicos (SEPE), José Aparecido dos Santos (Cidinho), ao discorrer sobre a atuação da pasta nos destinos do Mato Grosso. Segundo Cidinho, a sua missão é desenvolver as Cadeias Produtivas do Estado e buscar minimizar as desigualdades regionais. “Ao ser convidado para assumir essa importante pasta do Governo, que já foi ocupada por uma das maiores figuras político-administrativa da história de Mato Grosso, o saudoso Cloves Vetoratto, recebi a incumbência do governador Blairo Maggi de trabalhar com qualidade e responsabilidade na clara intenção de diminuir as desigualdades nos 141 municipios mato-grossenses, através de políticas públicas que proporcionem o incentivo a Agricultura Familiar, o fortalecimento das Cadeias Produtivas, a atração de empresas âncoras e o grande desafio de traçar metas para um novo modelo de assistência técnica e desenvolvimento rural. Com criatividade, estamos fazendo cada vez mais e melhor. As demandas crescem dia após dia no Mato Grosso, e é preciso ficar atento para atender os municípios de Norte a Sul e de Leste a Oeste do Estado. Nem sempre o Governo possui recursos suficientes para atender a todos, mas torna-se necessário que aperfeiçoemos os nossos trabalhos, promovendo uma gestão inteligente, sólida e produtiva, e aos poucos ir moldando essas demandas e adequando-as de acordo com os rumos traçados pelo governador Blairo Maggi, que é um homem público voltado para as verdadeiras transformações sociais, e tem provado na prática, que é possível transformar, quando se tem compromisso sério com o desenvolvimento de um Estado com as dimensões de Mato Grosso”, ressaltou Cidinho. Hábil articulador político-administrativo, Cidinho também está a frente do MT-Regional, junto aos 15 Consórcios Intermunicipais de Desenvolvimento. O Programa tem como objetivo integrar as ações do Governo em parceria com os Municípios, indo ao encontros das demandas levantadas pelos Consórcios.”Essas iniciativas envolvem desde assistência técnica, gerencial, qualificação, qualificação da mão-de-obra até linhas de financiamentos, organização da produção, apoio à comercialização e fomento à infra-estrutura e desenvolvimento regionalizado em todo o Estado. Outra frente do MT-Regional é o trabalho das Patrulhas Rodoviárias. No ano passado, recuperamos mais de 12 mil quilômetros de asfalto em todo o Estado. Em parceria com a Sinfra e as Prefeituras, o objetivo do Governo é dar garantias a trafegabilidade nas rodovias, principalmente em períodos chuvosos e promover o desenvolvimento das regiões mais distantes”, concluiu Cidinho.

Em busca da tecnologia do leite


Idealizada pelo prefeito Júlio César Ladeia a Missão Tangaraense em Busca de Tecnologia para o Melhoramento da Bacia Leiteira percorreu as cidades de Coronel Pachego, Guaxupé e Frutal, no Estado de Minas Gerais. O grupo de produtores rurais e empresários do ramo de laticínio de Tangará da Serra contou com a coordenação do secretário municipal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento Weliton Duarte.
Em Minas eles conheceram a unidade da Embrapa Gado de Leite, mantida pelo Ministério da Agricultura. Tiveram contato, por exemplo, com o sistema de criação de bezerros em abrigos individuais chamou a atenção dos produtores, que se baseia na utilização de abrigos onde os bezerros são forçados a substituir o leite pela ração (suplemento alimentar). Em média deixam de mamar por volta de 70 dias, o que significa redução do custo de produção da novilha e mais renda de leite.
Outro projeto já testado com sucesso é o sistema silvipastoril – resultado de uma pesquisa que durou 12 anos. Pelo sistema o pasto (braquiária) é produzido em meio a árvores (eucalipto, acácia ou coco). O sistema provou que as árvores não atrapalham o crescimento do pasto desde que o sombreamento não seja superior a 30%. Seguida a regra, o produtor agrega valor pela produção de madeira ou frutos.
O sistema de lotação rotacionada, que divide a área em 25 piquetes com permanência de 1 dia em cada e período de descanso do pasto de 24 dias, aumentando a taxa de lotação de duas cabeças por hectare para 10 cabeças. O estudo também demonstrou que a produção também melhora com a utilização de suplementação alimentar com concentrados. Os produtores também conheceram uma pesquisa que avalia o controle do carrapato através da utilização de uréia na pastagem.
A comitiva de produtores também conheceu em Guaxupé a Fazenda Bela Vista. Reconhecida nacionalmente por ser o mais avançado centro de produção de leite do tipo A do País, a Fazenda é exemplo de gestão de negócios, gestão de pessoas, responsabilidade ambiental e responsabilidade social. Na fazenda os tangaraenses foram apresentados aos sistemas de alimentação, confinamento, ordenha, laboratório de transferência de embriões e fertilização, compostagem e projetos ambientais. Com 5 mil animais criados em confinamento e 3 mil em lactação a fazenda chega a produzir 80 mil litros de leite por dia. A produção é verticalizada e na própria fazenda é produzida a alimentação dos animais, as vacas são ordenhadas mecanicamente, sem contato manual e o leite segue por leiteduto até o laticínio onde é industrializado e embalado para o comércio.
Outro exemplo da Fazenda Bela Vista é o sistema de tratamento de água que permite o reaproveitamento de 80% da água consumida diariamente na limpeza dos pisos dos galpões. Após passar por tanques de decantação os resíduos sólidos vão para a compostagem orgânica e a parte líquida é reutilizada para nova lavagem e o excedente, recebe tratamento anaeróbico e é empregado na ferti-irrigação. Mais uma medida ecologicamente correta é a produção própria das embalagens dos produtos. O material utilizado na confecção é 100% reciclável, e parte é reciclada na própria empresa.


Câmara Municipal esteve representada na Missão


O vereador Haroldo Lima elogiou a iniciativa do prefeito Júlio César Ladeia e do secretário municipal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento Weliton Duarte de trazer os produtores de leite de Tangará da Serra para conhecerem projetos de sucesso no Estado de Minas Gerais. O parlamentar representou a Câmara Municipal na comitiva.
“O que ficou claro para nós é que o ponto alto é o melhoramento genético, mas que antes o produtor tem que fazer investimentos na qualidade do alimento do gado. O leite entra pela boca e essa foi uma lição muito grande, porque melhoramento genético sem alimento de qualidade é desperdício. Nós vimos as experiências e todas mostram que a preocupação com a alimentação é essencial”, afirmou.
O vereador elogiou a iniciativa do prefeito Júlio César em buscar o desenvolvimento da bacia leiteira de Tangará da Serra. Para ele, vivenciar com os próprios olhos os erros e acertos realizados pelos produtores mineiros e saber que hoje eles alcançaram sucesso, torna mais didático o aprendizado aos tangaraenses e poupa recursos que poderiam ser investidos em projetos que já provaram serem ineficazes. Haroldo também ressaltou a seleção realizada pela Secretaria Municipal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
“Os locais visitados foram selecionados a dedo. Todas as visitas seguiram um roteiro que mostrou aquilo que deve ser feito, aquilo que não deve ser feito, mostrou na teoria e depois na prática. Foi uma missão muito proveitosa e acredito que terá resultados significativos para os produtores que vieram e para os que não vieram, porque receberão estas informações através dos multiplicadores de opinião”, concluiu Lima.


Uma fazenda exemplo!


Numa área de apenas 35 hectares o produtor Fabiano Rodrigues Lopes produz com 46 animais em lactação uma média de 874 litros de leite por dia. O sucesso é alcançado com a utilização prática de informações que já foram conhecidas pela missão tangaraense na visita a unidade de pesquisa da Embrapa Gado de Leite, em Coronel Pacheco, na última quarta-feira.
O sistema utilizado na Fazenda Mato Preto é o de piquete de lotação rotacionada. São 31 piquetes com permanência de 24 horas e descanso de 30 dias para cada piquete. Além da alta qualidade do pasto, o gado recebe complemento alimentar (ração). E a reprodução é feita através de inseminação e transferência de embriões.
“Tudo isso numa propriedade que se assemelha muito as condições das propriedades da maioria dos produtores de leite de Tangará da Serra. Então é uma experiência proveitosa porque a gente vê na prático aquilo que a gente já tinha conhecido na Embrapa, mas na forma de pesquisa, e aqui está demonstrado que está dando certo e gerando lucro e renda”, afirmou o secretário municipal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento Weliton Duarte.
O melhoramento genético é realizado através do cruzamento das raças Gir e Holandês. O resultado é um animal meio sangue de alta produtividade e adaptado ao calor. “Nós hoje participamos de 5 a 6 exposições por ano, temos uma produtividade leiteira muito forte e tudo isso num sistema que pode ser repetido lá em Mato Grosso”, afirma o proprietário Fabiano Lopes.


Ladeia diz que experiências serão aproveitadas em Tangará da Serra


Para o prefeito Júlio César Ladeia, idealizador da missão a Minas Gerais, a visita demonstrou aos produtores o que é possível de se fazer com planejamento e conhecimento. Ele ressaltou a experiência com a inseminação artificial e transferência de embriões. Outro ponto destacado é o investimento na qualidade de vida do gado leiteiro, além do cuidado com a nutrição dos animais para aumentar a produção de leite.
Ao avaliar positivamente o resultado da visita Júlio César anunciou que a Prefeitura irá investir na aquisição de touros para o melhoramento genético da bacia leiteira de Tangará da Serra. Além disso, a Secretaria Municipal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento irá reunir os produtores de leite para apresentar os sistemas já utilizados com sucesso pelos produtores mineiros. As reuniões devem começar em fevereiro de 2010.
“Vamos reunir os produtores por setor, apresentar as informações e os produtores que participaram da Missão a Minas estarão presentes e ajudarão a convencer nossos produtores de que, se quisermos aumentar a produtividade, melhorar a qualidade e o rendimento, as mudanças são necessárias e o caminho é este”, afirmou Ladeia.
A maior parte das mudanças não está relacionada diretamente a investimento de recursos, mas principalmente a alterações de hábitos ou implantação de novos sistemas. O desmame dos bezerros em até 60 dias, a implantação de sistema de piquetes de lotação rotacionada são exemplos disso. Outras mudanças requerem investimentos como a associação de pasto e complemento alimentar, e o melhoramento genético.
“A Prefeitura irá disponibilizar técnicos para o acompanhamento dos produtores e eles terão uma Programação Mínima de Compromisso a cumprir. Assim esperamos o melhoramento da pastagem, melhoramento do manejo, e na parte mais cara do investimento que é o melhoramento genético o Município irá entrar com a aquisição que faremos de touros para a produção de um rebanho meio sangue que seja produtivo e resistente ao nosso clima”, concluiu Júlio César.


Assessoria de Comunicação Prefeitura de Tangará da Serra
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Marcos Figueiro
 

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