quarta-feira

TRABALHO EM EQUIPE TÉCNICA DO LABORATÓRIO DE QUALIDADE DA AGUA DA FUNASA-MT


A Funasa com a sua Unidade Regional de Controle de Qualidade da Água de Mato Grosso (URCQA-MT) tem como uma de suas missões realizarem ações de monitoramento e controle da qualidade da água em todos os municípios do estado com menos de 50 mil habitantes, em comunidades indígenas e em comunidades remanescentes de quilombolas. Logo com a sua Unidade de laboratório Móvel de Controle de Qualidade da água (UMCQA-MT), a equipe da URCQA-MT ao longo do ano de 2010, realizou a iniciação do tratamento da água, bem como, o monitoramento do controle de qualidade da água principalmente em áreas indígenas, as quais são de difícil acesso, com o objetivo de garantir uma água tratada e de boa qualidade para o consumo humano de acordo com padrões exigidos pela portaria nº 518/MS/ de 25 de abril de 2004, nos atuais Sistemas de abastecimento de água (SAA) das aldeias indígenas pertencentes aos Distritos Sanitários de Saúde Indígena de Mato Grosso.
Previamente a esta etapa de monitoramento e tratamento da água é realizado um plano de trabalho tanto pela equipe da URCQA-MT, quanto a equipe de saneamento indígena o qual gera um levantamento técnico de todas as aldeias a ser visitadas para verificar o sistema que foi implantado, o tipo de manancial, a população geral beneficiada, para posteriormente se fomentar com base nestes dados técnicos, um plano de amostragem, com a quantidade diária de leituras da concentração de cloro livre residual e pH que deve ser realizada naquela referida aldeia, de acordo a port. nº 518/2004.
Para a inicialização do processo de tratamento da água é adotada a seguinte metodologia: - 1º passo: explicar juntamente ao Agente indígena de saneamento (Aisan) e a liderança da comunidade a importância do processo de cloração da água no controle de agravos das doenças de veiculação hídrica, como hepatites, doenças intestinais, surtos de diarréias, cólera, giardíase, amebíase e etc; 2º passo: instruir ao Aisan sobre o funcionamento do sistema e principalmente do clorador bem com sua utilização e função; 3º passo: explicar ao Aisan sobre a pastilha de cloro ativo, seus efeitos irritantes, tóxicos, seu correto uso e manuseio, local e forma de armazenamento correto, como agir em uma hipercloração ou intoxicação acidental com o produto; 4º passo: ensinar ao Aisan como utilizar o Kit comparador para análise de cloro residual livre, teor máximo e mínimo de cloro livre na água, como quantificar diariamente cloro livre na água, pontos de amostra para análise de cloro livre diária, cuidados com o kit comparador e o reagente de DPD ferroso; 5º passo: inicialização da cloração do sistema, regulagem do teor de cloro no sistema, bem como monitoramento dos pontos de análise de cloro residual de acordo com o plano de amostragem; 6º passo: confirmação do teor exato de cloro livre na rede, testes junto aos Aisan´s de situações de hipercloração e hipocloração.

João Paulo Martins Viana – Responsável técnico pela URCQA-MT.

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