quinta-feira

SAÚDE MENTAL INDÍGENA






PARESI / HALITI / DSEI/ CUIABÁ / FUNASA



No primeiro semestre deste ano foi implantado nas Áreas Indígenas do Dsei / Cuiabá, o Plano de Saúde Mental, esse Plano veio de encontro às necessidades de montar estratégias para diminuir o uso abusivo de bebidas alcoólicas na área indígena.
A etnia Paresi tem em seus rituais a chicha, bebida extraída da fermentação de mandioca, milho e abacaxi, mas não traz afeito moral, social ou psicológico adverso ou na saúde. A bebida extraída da cana, a cachaça, foi introduzida na época dos grandes contatos como na colheita da poaia, seringa e outras. O povo Paresi não tem história que deixou ser seduzido 100% pela cachaça como outras etnias, que foram dizimadas e hoje sofre sérias conseqüências desse uso abusivo.
Seguindo as diretrizes da Política de Saúde Indígena: que é organizar, assegurar, criar o subsistema, as ações de atenção básica e mecanismos no âmbito do SUS, respeitando os aspectos etnoculturais, o Plano foi elaborado de acordo com a realidade e as distintas peculiaridades das aldeias do Povo Paresi e outras etnias do Dsei / Cuiabá. A Associação Halitinã e o Dsei / Cuiabá iniciaram os trabalhos com os seguintes objetivos:
- Implantar o Plano de Saúde Mental;
- Identificar os prováveis usuários;
- Fazer Busca Ativa para levantamento dos dados epidemiológicos;
- Oferecer tratamento e acompanhamento (dentro das aldeias);
- Capacitar multiplicadores;
- Inserir a família e a comunidade nas ações.

Tudo através de oficinas, palestras, grupos de apoio e visitas domiciliares.
O Povo Paresi tem uma população de 1.722 pessoas distribuídas em 52 aldeias que pertence a 05 municípios distintos. Algumas destas aldeias ficam bem próximas a municípios que estão em fase de grande crescimento como: Sapezal e Campo Novo dos Parecis ficaram então mais fáceis o contato com o álcool e outras drogas, foram abertas e construídas novas estradas o que facilita as idas e vindas. “O ser humano tem o direito de ir e vir”, mas também tem que ser orientado. Nessa visão foram montadas as estratégias junto com as comunidades indígenas uma maneira de se trabalhar promoção e prevenção do uso abusivo de bebidas alcoólicas. E tem sim sensibilizado a comunidade e com isso diminuiu o uso da bebida. Existem pessoas em tratamento e os mesmos são os multiplicadores.
Hoje já se consegue perceber a preocupação dos mais novos em não abusar de bebidas ou mesmo não começar com o primeiro gole.


Andrea Maria Luciana: Acadêmica de Enfermagem pela Unemat
Colaboradora e responsável pelas ações da Saúde Mental do Povo Paresi
Associação Halitinã / Dsei / Cuiabá / FUNASA

1 comentários:

Anônimo disse...

Um trabalho maravilhoso e dignificante.....que bom que existem pessoas assim com um compromisso de enorme impotancia. Tomara que continuem e não fique smente em uma questão de cumprir etapas nem dados.

 

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