quinta-feira

Crédito de carbono: Efetivo na redução de poluentes e fonte de renda para comunidade indígena






Diego Soares – Redação Vejaki

Mais uma vez a coordenação de saúde da Associação Halitinã sai na frente buscando outros projetos como o de crédito de carbono. Onde parceiros não estabelecidos em outros estados e até com o governo japonês e agora a Funai, Secretaria de Meio Ambiente do Estado e governo do Estado, surgem como alternativas viáveis para o desenvolvimento de parceria que beneficia a todos e fundamentalmente a comunidade indígena. De acordo com Arnaldo Zunizakae, coordenador geral de projetos da Associação Indígena Halitinã, o projeto Crédito de Carbono ajuda na redução dos efeitos poluentes causados por indústrias, carros, entre outros, que são os chamados gases poluentes causadores do aquecimento global. Segundo ele atualmente o planeta na situação em que está a tendência é buscar reduzir essas emissões e os indígenas como donos de uma grande área verde têm a preocupação já há dois anos de ajudar o planeta e agregar recursos para a comunidade indígena. “A Associação saiu na frente, teve a idéia de que isso era possível e fomos buscar informações sobre a venda de crédito de carbono e começamos a montar a idéia que era construir o projeto, o que está acontecendo hoje. Fomos buscar parceiros, pessoas que entendem sobre isso, claro que como voluntários por não termos recursos específicos para isso”, disse. Foi então que surgiu uma empresa de Minas Gerias que trabalha com o crédito de carbono. “Então trouxemos técnicos para cá, visitamos áreas, apresentamos a comunidade para eles, levamos a idéia para a comunidade indígena que é a parte principal do projeto”, destacou. Zunizakae explica que para o desenvolvimento do projeto é necessário serrado intenso e parte de floresta onde quantidade de biomassa é maior e foi essa comunidade que há dois anos autorizou por escrito para se desenvolver o projeto. “Montamos a idéia e fomos atrás de financiadores para o projeto. É um projeto onde buscamos diversos tipos de tecnologia para buscar quantitativo de biomassa, qualidade do ar que a área produz e isso tem um custo com financiamento alto. E a empresa que hoje nos representa passou a apresentar a idéia da Halitinã em diversos países”. Com isso o governo japonês decidiu financiar o projeto e investiu 30 mil dólares que é uma pequena parte do que se precisa para financiar o projeto. Dois representantes do governo japonês estiveram em Tangará, visitaram a comunidade, grande parte da comunidade pareci e o prefeito municipal Júlio César Ladeia. “A idéia e estender o projeto para todo o território indígena. Depois de montar a parte de viabilidade do projeto vamos ter de buscar outro recurso para medir o quantitativo da biomassa e a qualidade do ar. Hoje estamos na busca de parceiros para apoiar o projeto. Buscamos prefeitos, secretários de meio ambiente do estado e dos municípios, a Funai que já é nossa parceira”, revelou. A intenção segundo Zunizakae é elaborar uma carta das instituições estadual, municipal e federal dizendo que o projeto da Halitinã é importante e que todos são parceiros. “Essa carta é que vai fazer com que tenhamos a chance de poder buscar financiamento para concluir o projeto para manutenção da floresta em pé, recuperação das áreas degradadas e reduzir a questão da queimada dentro das terras indígenas”, salienta.

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