quarta-feira
MT Regional
Governo do Estado discute a implantação de cadeias produtivas para os povos indígenas
Identificar cadeias produtivas que possam ser desenvolvidas por povos indígenas para promover a geração de emprego e renda nas aldeias de Mato Grosso. Este foi o assunto de uma reunião promovida pelo Governo do Estado, através da Superintendência de Assuntos Indígenas da Casa Civil e MT Regional, entre representantes de diversos órgãos, Federação dos Povos Indígenas (FEPOINT) e entidades ligadas ao tema, nesta terça-feira (20), no auditório da Secretaria de Estado de Planejamento (SEPLAN).
Mato Grosso tem uma população de 35 mil índios distribuídos em 42 etnias. As terras indígenas ocupam 20% do território estadual. Mas muito pouco se produz nelas. A maior parte dos povos indígenas é ociosa e a falta de atividade rentável acarreta uma série de problemas sociais e de subsistência para as tribos. Segundo o Tenente Coronel Mariano Rodrigues, superintendente Indigenista, com base nessas informações, o grupo pretende discutir ações práticas de trabalho que venham de encontro às reais necessidades dos índios.
Conforme o indigenista Moacir Cordeiro de Melo, o objetivo é encontrar atividades rentáveis que possam ser promovidas na sua totalidade, desde a produção até a comercialização, pensando no escoamento, venda e na sustentabilidade. “Muitas experiências já foram realizadas no estado, sem sucesso. Desta vez, o que se pretende é encontrar um projeto que possa ser administrado pela própria FEPOINT, com anuência dos índios. “Mais vale um único projeto bem feito, do que vários fadados ao fracasso”, completa.
De acordo com o presidente da entidade estadual, representante dos povos indígenas, implantar as cadeias produtivas nas aldeias não é tarefa tão simples, requer estudos e avaliações das melhores alternativas. É preciso levar em contato a cultura de cada etnia. Certas criações ficam descartadas, dependendo das cresças e costumes. “Para a minha etnia, a Bakairi, os jacarés são animais sagrados. São considerados nossos ancestrais. Criá-los para o abate seria impossível”, exemplifica.
A piscicultura também é opção impraticável para algumas etnias por questões espirituais. Ao passo que, para alguns povos tem se mostrado muito proveitosa. Segundo Valter Santana, superintendente do Ministério da Pesca, sete projetos de pisciculturas estão sendo realizados dentro de aldeias indígenas de Mato Grosso. “Em todos os que já estão sendo praticados estamos conseguindo que os índios retirem de 30 a 40% dos lucros para reaplicar no próximo ciclo. Isso garante a sustentabilidade da atividade. O restante eles podem utilizar como quiserem”, disse.
Para Plácido Costa, técnico da PNUD, Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, o cultivo da castanha-do-brasil e da seringueira podem ser excelentes opções. Experiências bem sucedidas com essas cadeias estão sendo executas nas terras indígenas, Rekbaktsa e Zoró. “Estamos conseguindo produtos de melhor qualidade, um volume de produção maior e preços melhores que em terras não indígenas”, disse. O próximo passo do grupo é convocar os caciques do máximo de aldeias para ouvir suas necessidades e anseios. Além de promover um seminário que irá discutir as experiências bem sucedidas e estudar as melhores alternativas.
Ainda participaram da reunião o secretário Extraordinário de Assuntos Estratégicos, Renaldo Loffi, o coordenador do MT Regional Carlos Guilherme Dorileo Leite, o Cacique Domingos (Xavante) da Aldeia Sangradouro, o superintendente de Desenvolvimento do Banco do Brasil, Márcio Rockembach, e técnicos da Secretaria de Meio Ambiente (SEMA), Secretaria de Desenvolvimento Rural (SEDER), Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural (EMPAER), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA).
Identificar cadeias produtivas que possam ser desenvolvidas por povos indígenas para promover a geração de emprego e renda nas aldeias de Mato Grosso. Este foi o assunto de uma reunião promovida pelo Governo do Estado, através da Superintendência de Assuntos Indígenas da Casa Civil e MT Regional, entre representantes de diversos órgãos, Federação dos Povos Indígenas (FEPOINT) e entidades ligadas ao tema, nesta terça-feira (20), no auditório da Secretaria de Estado de Planejamento (SEPLAN).
Mato Grosso tem uma população de 35 mil índios distribuídos em 42 etnias. As terras indígenas ocupam 20% do território estadual. Mas muito pouco se produz nelas. A maior parte dos povos indígenas é ociosa e a falta de atividade rentável acarreta uma série de problemas sociais e de subsistência para as tribos. Segundo o Tenente Coronel Mariano Rodrigues, superintendente Indigenista, com base nessas informações, o grupo pretende discutir ações práticas de trabalho que venham de encontro às reais necessidades dos índios.
Conforme o indigenista Moacir Cordeiro de Melo, o objetivo é encontrar atividades rentáveis que possam ser promovidas na sua totalidade, desde a produção até a comercialização, pensando no escoamento, venda e na sustentabilidade. “Muitas experiências já foram realizadas no estado, sem sucesso. Desta vez, o que se pretende é encontrar um projeto que possa ser administrado pela própria FEPOINT, com anuência dos índios. “Mais vale um único projeto bem feito, do que vários fadados ao fracasso”, completa.
De acordo com o presidente da entidade estadual, representante dos povos indígenas, implantar as cadeias produtivas nas aldeias não é tarefa tão simples, requer estudos e avaliações das melhores alternativas. É preciso levar em contato a cultura de cada etnia. Certas criações ficam descartadas, dependendo das cresças e costumes. “Para a minha etnia, a Bakairi, os jacarés são animais sagrados. São considerados nossos ancestrais. Criá-los para o abate seria impossível”, exemplifica.
A piscicultura também é opção impraticável para algumas etnias por questões espirituais. Ao passo que, para alguns povos tem se mostrado muito proveitosa. Segundo Valter Santana, superintendente do Ministério da Pesca, sete projetos de pisciculturas estão sendo realizados dentro de aldeias indígenas de Mato Grosso. “Em todos os que já estão sendo praticados estamos conseguindo que os índios retirem de 30 a 40% dos lucros para reaplicar no próximo ciclo. Isso garante a sustentabilidade da atividade. O restante eles podem utilizar como quiserem”, disse.
Para Plácido Costa, técnico da PNUD, Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, o cultivo da castanha-do-brasil e da seringueira podem ser excelentes opções. Experiências bem sucedidas com essas cadeias estão sendo executas nas terras indígenas, Rekbaktsa e Zoró. “Estamos conseguindo produtos de melhor qualidade, um volume de produção maior e preços melhores que em terras não indígenas”, disse. O próximo passo do grupo é convocar os caciques do máximo de aldeias para ouvir suas necessidades e anseios. Além de promover um seminário que irá discutir as experiências bem sucedidas e estudar as melhores alternativas.
Ainda participaram da reunião o secretário Extraordinário de Assuntos Estratégicos, Renaldo Loffi, o coordenador do MT Regional Carlos Guilherme Dorileo Leite, o Cacique Domingos (Xavante) da Aldeia Sangradouro, o superintendente de Desenvolvimento do Banco do Brasil, Márcio Rockembach, e técnicos da Secretaria de Meio Ambiente (SEMA), Secretaria de Desenvolvimento Rural (SEDER), Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural (EMPAER), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA).
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Rádio: " O MUNDO PARA CRISTO "
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