quinta-feira

INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL EM BOVINOS


Rodrigo Marques dos Santos, Médico Veterinário, formado pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), possui Mestrado em Ciências Veterinárias, na área de Reprodução

“Uma técnica viável para o melhoramento genético dos rebanhos bovinos”
Entende-se por Inseminação Artificial (IA) a deposição mecânica do sêmen no aparelho reprodutivo da fêmea. Sendo o homem quem deposita o sêmen no aparelho reprodutivo da fêmea e a fecundação, ou seja, a união do espermatozóide com o óvulo e a formação de um novo ser ocorrem naturalmente, sem a interferência do homem.Segundo a lenda, a inseminação artificial foi utilizada pela primeira vez no ano de 1332, em eqüinos, pelos árabes. Mas a história registra como marco inicial da inseminação artificial, o ano de 1779, quando o monge italiano de nome Lázaro Spallanzani demonstrou, pela primeira vez, ser possível a fecundação de uma fêmea sem o contato com o macho. Para tanto, ele colheu sêmen de um cachorro através da excitação mecânica e aplicou em uma cadela no cio, a qual veio a parir três filhotes 62 dias mais tarde. Era o nascimento de uma técnica que iria revolucionar o campo da reprodução animal. Atualmente, muitos países inseminam quase a totalidade de seus rebanhos bovinos, calculando-se que no mundo mais de 80 milhões de vacas são anualmente inseminadas. No Brasil o uso ainda é limitado, sendo que menos da metade do rebanho de fêmeas bovinas são inseminadas, não sendo diferente no Estado de Mato Grosso. No Município de Tangará da Serra a utilização da IA também é pequena, porém existem alguns produtores que já utilizam à inseminação artificial, sendo a maioria produtores de gado de corte, porém com advento do sêmen sexado, onde o produtor pode escolher comprar o sêmen sexado para macho ou fêmea, os produtores de leite já começaram a buscar esta tecnologia para a produção de bezerras leiteiras e desta forma melhorar rapidamente a genética dos rebanhos leiteiros. A Inseminação Artificial (IA) tem como principais vantagens: o rápido melhoramento genético do rebanho, isto devido ao uso de sêmen de touros comprovadamente superiores para a produção de leite e carne; Controle de doenças, pois pela monta natural, freqüentemente o touro pode transmitir às vacas algumas doenças e vice-versa, o que pelo processo da inseminação artificial não ocorre quando o sêmen é adquirido de empresas idôneas; Permite o uso de cruzamento entre raças com maior facilidade, como por exemplo, permite ao criador cruzar suas fêmeas zebuínas com touros taurinos e vice-versa, o que muitas vezes é dificultado na monta natural pela baixa resistência dos touros europeus a um ambiente desfavorável; Prevenção de acidentes com a vaca durante a monta quando o touro é muito pesado, também através do uso da IA pode-se escolher sêmen de touros que produzem bezerros pequenos que previnem a ocorrência de problemas no parto em novilhas; Prevenção de acidentes com funcionários, muitas vezes ocorrem acidentes devido a touros de temperamento agressivo; Melhora o controle zootécnico do rebanho, através da IA e utilização de fichas de controle é possível à obtenção de dados precisos de fecundação e parto, facilitando a seleção dos melhores animais do rebanho; Permite a padronização do rebanho, utilizando-se poucos reprodutores em um grande número de vacas obtém-se homogeneidade dos lotes; Além destas vantagens observa-se também que em propriedades que utilizam a IA os custos com manutenção de cercas e currais diminuem devido ao menor número de reprodutores que são utilizados na propriedade. A limitação do uso da inseminação artificial deve-se principalmente a falta de conhecimento do produtor sobre a técnica, falta de mão de obra especializada e a incorreção no uso da técnica. Para o sucesso da utilização da IA os produtores devem se capacitar através de cursos ou contratar mão de obra especializada e seguir corretamente os passos da IA, principalmente a correta observação de cio das vacas, devendo tomar todos os cuidados com a conservação do sêmen e a sua correta aplicação no momento da inseminação artificial. Os materiais que são utilizados para a realização da IA são: Botijão de Nitrogênio líquido para armazenamento do sêmen, Aplicador de sêmen, Bainhas descartáveis, Luvas descartáveis, Termômetro para descongelamento do sêmen, cortador de palheta, além de pinça, garrafa térmica, papel toalha descartável e recipiente para descongelamento do sêmen. Também deve existir uma estrutura mínima na propriedade, sendo fundamental um brete para a contenção da vaca para realizar a IA.Como podemos observar a utilização da inseminação artificial é uma técnica que apresenta muitas vantagens, porém antes do produtor tomar a decisão da utilização da IA em seu rebanho deve sempre procurar orientação técnica de um profissional habilitado que irá orientá-lo para que obtenha sucesso e principalmente evitar prejuízos pelo uso incorreto da técnica.

1 comentários:

Anônimo disse...

Bom dia amigos!Eu fiz inseminação artificial em tempo fixo (IATF)no ultimo dia 02/07/2010 em 13 Novilhas 3/4 holandesa,usando semen sexado,o resultado foi de acerto em 11 Novilhas.Fizemos a repetição no dia 21/07 somente em duas(2) novilhas.
Ja em Vacas utilizei semén sexado,a média foi de em cada (TRÊS)3 Vacas utilizando,inseminação artificial em tempo fixo (IATF) (DUAS) 2 Vacas confirmaram a prenhes.
Eu normalmente faço a inseminação artificial em tempo fixo (IATF) em lotes de 15 Vacas ou novilhas,normalmente,iiniciamos o processo de Protocolo,nas sextas-feira,retiramos o Protocolo na quarta sub-sequente e dois dias após Iseminamos com sexado.Abraço Roberto Tiburcio/Esmeraldas /MG.
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