O senador mais votado do Amapá nesta eleição vai cumprir o primeiro mandato em cargo majoritário e será o mais jovem na próxima legislatura. O candidato do PSOL Randolfe Rodrigues, de 36 anos, recebeu quase o dobro de votos do segundo eleito no estado, Gilvam Borges, do PMDB.
Randolfe Rodrigues é ex-deputado estadual no Amapá, foi líder estudantil e cara pintada no processo de impeachment do ex-presidente Fernando Collor, em 1992. Nasceu em Garanhuns, em Pernambuco, e se formou em história pela Universidade Federal do Amapá e em direito pela Faculdade Seama. É mestre em política pública pela Universidade Federal do Ceará.
Com 100% das urnas apuradas, Randolfe recebeu 203.259 votos, o que representa 38,94% do eleitorado. O segundo colocado na disputa amapaense, Gilvam Borges, do PMDB, foi eleito com 23,19%, 121.015 votos. Na história do Congresso Nacional, a senadora Marina Silva foi a mais jovem eleita, ao tomar posse aos 36 anos. Ano que vem, quando chegar a Brasília, Randolfe já terá completado 37 anos.
Na primeira pesquisa eleitoral, Randolfe apareceu em penúltimo lugar. Quem liderava era o ex-governador do estado Waldez Goes, do PDT, que foi preso na Operação Mãos Limpas, da Polícia Federal, no mês passado e ficou em terceiro colocado na eleição.
Para Randolfe, as denúncias de corrupção no governo do estado contribuíram para o resultado. “O Amapá vive a mais grave e dramática crise politica da histórica. E o povo disse basta, queremos uma página nova na história do Amapá.”
O senador eleito começou a vida política no PT e deixou o partido para se filiar ao PSOL pouco depois da fundação da legenda. Ele afirma que discordou do apoio dado pelo PT ao então governador do estado Waldez Goes e pediu a desfiliação.
Eleito sem coligações, Randolfe vai ter a companhia do senador José Sarney, atual presidente do Senado Federal, na bancada do estado: “vou respeitá-lo como senador do Amapá, mas ele saberá que temos posições politicas e ideológicas independentes”, afirma.
Randolfe afirma que vai lutar por mais verbas federais para o Amapá. “O estado precisa de mais recursos. A nossa universidade precisa de mais cursos, inclusive, de pós-graduação. Precisamos de mais investimentos da União, não podemos ser o primo pobre, a última fronteira do país”, diz
1 comentários:
O Amapá está feliz.
Randolfe é motivo de orgulho para os Brasileiros que almejam políticas públicas sérias ligadas ao desenvolvimento econômico, social e cultural de nosso país.
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